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Concentração se acentua nos pomares de SP ELIDA OLIVEIRADE RIBEIRÃO PRETO A produção de laranja em São Paulo assume um viés de produção cada vez mais industrial, com maior concentração de pomares vinculados às grandes propriedades e mais rendimento por área. O fenômeno, que já vinha sendo percebido em anos anteriores, agora se consolida, com 60% dos pomares vinculados a 1% dos produtores. Na safra anterior, o índice era de 45% para a mesma parcela de grandes produtores. Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em parceria com o IEA (Instituto de Economia Agrícola) do Estado de SP, divulgados na semana passada, mostram que a mudança do perfil dos pomares se reflete na produção por hectare. Segundo Felipe Pires de Camargo, coordenador do IEA, grandes produtores têm mais capital para investir em manejo e tratos culturais (adensamento do pomar, adubos e controle de pragas, como o greening), o que faz com que o pé de laranja produza mais fruto por área. A cada hectare, a produção média é estimada em 715 caixas. Grandes produtores conseguem elevar o índice em 67%, produzindo até 1.200 caixas, disse Camargo. Propriedades com rendimento ruim, no entanto, retiram só 400 caixas na mesma área -44% menos. "A pressão por alto rendimento está retirando os pequenos produtores de cena", disse Camargo. Segundo ele, os pequenos têm dificuldade de acompanhar o processo de inovação tecnológica. Produzindo menos por área, têm custos mais elevados e não conseguem se manter na atividade. A produção média desta safra deve ficar em 375,7 milhões de caixas de laranja de 40 kg -16,63% maior que no ano passado. Com taxa de variação de 3,8%, a safra pode atingir 390 milhões de caixas. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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