Leilão de linhas de transmissão tem deságio de 24,89% em SP

O último leilão de transmissão de energia elétrica do ano, realizado ontem na sede da BM&FBovespa, em São Paulo, alcançou deságio de 24,89%. Os consumidores pagarão aos consórcios que arremataram os nove lotes de linhas de transmissão e de subestações o valor de R$ 145,4 milhões por ano.

As empresas terão agora prazo de 18 a 24 meses para a construção dessa infraestrutura. As 11 linhas têm extensão total de 1.378 quilômetros. Esse pacote de obras vai exigir investimentos de R$ 1,6 bilhão e a expectativa é que esses projetos gerem um total de 8.500 empregos diretos ao longo da construção.

Essas linhas estão distribuídas em várias regiões do país. Há projetos nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Alagoas, Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte, Maranhão, Goiás e Amazonas.

A finalidade desse leilão é melhorar o sistema de transmissão de energia em alta-tensão dentro do chamado sistema interligado nacional.

Essas linhas melhoram a interconexão entre as várias regiões do país. As linhas também viabilizam a transferência de energia de um subsistema para outro, e isso dá mais flexibilidade na operação do setor elétrico.

Seis empresas, em dez consórcios diferentes, disputaram os empreendimentos. A principal vencedora foi a Copel, estatal controlada pelo governo do Paraná.

A Copel participou de consórcios que arremataram quatro dos nove lotes disponibilizados pela Aneel (agência reguladora do setor de energia elétrica).

LEILÃO DE USINAS

Na próxima terça-feira, também em São Paulo, a Aneel realiza o último leilão de usinas. A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) habilitou 231 projetos, a maior parte eólica -fonte de geração de energia a partir do vento.

Dos 6.286 MW ofertados -para fornecimento a partir de 2016-, 5.149 MW são de fontes eólicas.

Há 13 projetos de energia térmica com biomassa da cana-de-açúcar, outras oito pequenas centrais hidrelétricas e mais cinco de usinas hidrelétricas.