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Tenho R$ 1.800 mensais para investir. Posso já começar pela Bolsa?

S.P, de Dois Vizinhos
RESPOSTA DO CONSULTOR FINANCEIRO MAURO CALIL, DA CALIL&CALIL

Aportes regulares de pequenas quantias por longos períodos constituem uma das melhores estratégias para acumular patrimônio investindo em ações.

O raciocínio se fundamenta justamente na volatilidade da Bolsa, sem precisarmos adivinhar qual o melhor momento de entrar ou sair.

Matematicamente falando, funciona assim: você aplica R$ 1.800 e compra 1.800 papéis (considerando, hipoteticamente, o preço de R$ 1 por ação).

Se o preço do papel caísse 50%, você teria R$ 900 e, para voltar ao valor original, a ação deveria subir 100%, algo difícil de ocorrer no mercado.

Assim, você teria R$ 900 e os mesmos 1.800 papéis. Aí você investe mais R$ 1.800, comprando 3.600 papéis (lembre-se, eles estão pela metade do preço).

Teria, portanto, 5.400 papéis e um investimento de R$ 3.600 ao todo. Com isso, seu preço médio é de R$ 0,67 por ação e seu patrimônio de 2.700 -queda de 25% sobre a aplicação total.

Para retornar ao patrimônio original, de 3.600, basta uma leve subida, de 33,33%, e não mais de 100%.

Portanto, se você dispõe de mais de cinco anos, pode aplicar em Bolsa. É uma boa também reaplicar os dividendos recebidos no período, de modo a acelerar o processo de compra.

Tenha certeza absoluta de que você fará as aplicações regulares por um longo período e sem sacar.

Dessa forma, essa pode, sim, ser uma boa estratégia, utilizando fundos de investimento em ações ou mesmo construindo sua carteira, em que precisará escolher as empresas.

Caso tenha dúvidas de que seus aportes mensais possam ser reduzidos ou mesmo interrompidos, o investimento em Bolsa ficará mais arriscado. Nesse caso, o melhor é dividir os recursos ou ficar em renda fixa.

OURO

Quero investir cerca de R$ 1.300 mensais em ouro. Para pequenos investidores como eu, esse tipo de investimento é aconselhável?
J.B.F., de Pinhais

RESPOSTA - Ouro não é um investimento como a caderneta de poupança, que rende juros. No caso do metal, você ganha ou perde dinheiro com a oscilação de preço.

É possível investir pequenas quantias via fundos ou mesmo negociando contratos na BM&FBovespa.

Entenda, porém, que a valorização recente não é garantia de rentabilidade futura. O investimento é em renda variável e sujeito à instabilidade do mercado.

RENDA FIXA

Tenho R$ 90 mil, dos quais usarei R$ 20 mil para investir em uma nova carreira na Itália. Não sei o que fazer com o resto. Como o valor é baixo, me indicaram a poupança. É o melhor?
C.G., de Genova (Itália)

RESPOSTA - Atualmente, existem alternativas em renda fixa melhores que a poupança, como o Tesouro Direto e os CDBs de bancos menores, ambos com aplicações feitas pela internet.

A poupança rende 6% ao ano mais TR, chegando a cerca de 7,1%. As outras alternativas podem passar de 10% ao ano e podem ser prefixadas -ou seja, o investidor já sabe quanto renderão na hora da aplicação.

Têm a mesma segurança da caderneta e, se você se comprometer com o prazo, pode até elevar os ganhos mesmo com essa quantia.

CURTO PRAZO

Qual aplicação vale a pena para cerca de R$ 100 mil em menos de 30 dias?
E.L., de São Paulo

RESPOSTA - Com menos de 30 dias de prazo, você pagará IOF e Imposto de Renda elevado, o que reduzirá em muito sua rentabilidade.

Para tal prazo, dificilmente haverá aplicação financeira com rentabilidade boa sem que o risco seja extremamente elevado.

Eu invisto em

José Marton, artista plástico

"Invisto em obras de arte há 20 anos. Como em todos investimentos, há risco. Porém, se eu computar, terei um retorno maior que com qualquer outro investimento"

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