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Leilão começa com preço de R$ 112/MWh

País já contratou este ano 2 mil MW em geração eólica; com último leilão do ano, contratação deve ir a 4 mil MW

Oferta de geração eólica negociada no país garante fluxo de encomendas para a indústria local

DE SÃO PAULO

O último leilão para contratação de energia em 2011 terá preço-teto de R$ 112 por MWh (megawatt-hora). Esse preço vale para os projetos eólicos que participam da disputa, bem como para as termelétricas movidas com bagaço de cana e as Pequenas Centrais Hidrelétricas.

O governo fixou em R$ 123 por MWh o preço inicial da hidrelétrica São Roque (rio Canoas-SC) e em R$ 101 por MWh os preços-teto das usinas do rio Parnaíba (Calhoeira, Castelhano e Estreito), todas entre o Piauí e Maranhão.

O governo queria incluir a hidrelétrica de São Manoel (700 MW), localizada no rio Teles Pires, em MT, mas não conseguiu obter a licença prévia do Ibama. Funcionários do governo chegaram a ficar detidos numa tribo da região, o que exigiu a mobilização da Secretarial Geral da Presidência da República para a liberação dos técnicos.

A audiência pública para a discussão do tema acabou sendo cancelada, o que inviabilizou a liberação desse empreendimento para o leilão de hoje.

O Brasil pode fechar o ano com um volume recorde de contratação de energia eólica. Até hoje, o país tem contratado 7.587 MW. Só em 2011, nos leilões de agosto, investidores em energia eólica venderam nos leilões promovidos pela Aneel (agência reguladora do setor energia elétrica) 1.928,7 MW.

Segundo Elbia Melo, presidente da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), há indícios de que a indústria supere a meta inicial de vender cerca de 2 mil MW por ano.

"Desde 2009, o setor consegue contratos para 2 mil MW. Em 2011, já havíamos alcançado esse patamar, o que garante encomenda para a indústria. Mas com esse último leilão, esse patamar pode ser superado", diz.

A associação estima que deve fechar o ano com uma contratação de 4 mil MW.

CONSUMIDOR

Além de ser fonte renovável, a redução de preço da geração eólicas beneficia o consumidor. A queda de preço contribui para baixar a tarifa de energia paga na conta de luz. Isso não é imediato.

Essa energia contratada agora começará a ser entregue em três ou cinco anos, depende do leilão. É quando o valor começa a ser considerado para o cálculo da tarifa de energia.

(AB)

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