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Empreendedor mira mundo das corridas

Criação e produção de camisetas especiais para corredores de rua viram "plano B" para ex-trabalhadores e empresários

Ex-publicitário larga emprego para criar empresa, e corredora se especializa em grandes eventos

Luiza Sigulem/Folhapress
Augusto Verrengia e seu sócio, Luis Fernando Barone, em uma das confecções que contratam, em Piracicaba
Augusto Verrengia e seu sócio, Luis Fernando Barone, em uma das confecções que contratam, em Piracicaba

RODOLFO LUCENA
COLUNISTA DA FOLHA

Foi como um salto de paraquedas. "Deu medo. Bastante, principalmente na hora de deixar a agência."

Então com 39 anos, Augusto Verrengia largou no ano passado a segurança de seu emprego como diretor de arte de uma empresa de publicidade de Piracicaba (160 km de São Paulo) para se transformar em empresário.

Ele se aventurou num mundo que recém-descobria: o de produtos para praticantes de corrida de rua, que movimenta no Brasil cerca de R$ 3 bilhões no ano, segundo estimativa da Corpore, uma das principais organizadoras de corridas do país.

De estressado criador de anúncios, transformou-se em vendedor de camisetas, enfeitadas com desenhos que ele mesmo criava, inspirado no esporte que também recentemente começara a praticar, depois de uma vida de fumante sedentário. Há dois anos, participou pela primeira vez de uma corrida e se apaixonou pela coisa.

Logo viu que aquilo poderia ser uma oportunidade de negócio. Lançou alguns desenhos no blog que mantinha, e a receptividade foi boa, afirma ele, que não tinha capital para o projeto.

O dinheiro veio de outro corredor, o cardiologista de Verrengia. Nascia assim a Vamos Correndo (www.vamoscorrendo.com.br).

Já Monica Maradei, 45, desde pequena esteve envolvida com o mundo das confecções, acompanhando os pais.

Com 17 anos, começou sua empresa de roupas para ginástica, que chegou a ter 30 funcionários. A empresa fechou há sete anos.

Sua nova empreitada, a Panunovu (www.monicamaradei.com.br), começou menor, com 12 funcionários, e aos poucos foi recebendo encomendas de material para corredores -Santos era palco de grandes corridas de rua.

"O negócio foi crescendo de tal maneira que voltei meu foco somente para corridas de rua. Vesti por dois anos consecutivos os 10 KM Tribuna FM, com produção de 18 mil camisas em cada ano, e também corridas como Jovem Pan Summer Run e 10km 98 FM. Para 2012, estou 'na briga' para conseguir mais orçamentos desse porte."

Os números esgrimidos por Verregia são mais modestos, próprios de quem ainda está começando. Sua empresa mal fez um ano: foi fundada em junho do ano passado, mas só em novembro ele largou o emprego e virou empresário em tempo integral. "Sou uma micro-EUpresa", brinca ele.

Os resultados são bons. Nos primeiros três meses, as receitas mal chegavam à metade do que Verrengia recebia como diretor de arte.

Hoje, o faturamento é pelo menos três vezes o salário de então. As vendas, que ficavam em torno de 200 a 250 camisetas por mês, saltaram para uma média de 3.000 unidades mensais.

Leia mais sobre as empresas
folha.com/no1024681

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