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É necessário desafogar porto, afirma consultor

DE RIBEIRÃO PRETO

Para dar conta do avanço do agronegócio nas novas fronteiras agrícolas -Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia-, a capacidade portuária do "arco norte" (acima de Salvador) precisa se multiplicar por seis até 2020.

A conclusão é do economista e consultor de logística Luiz Antonio Fayet. Para ele, isso ajudaria a desafogar o porto de Santos, já que hoje Sudeste e Sul escoam mais da metade da produção do Norte e do Nordeste do país.

O Brasil tem 34 terminais marítimos sob gestão da SEP (Secretaria Especial de Portos) e 14 deles estão mais próximos das novas fronteiras agrícolas.

Segundo Fayet, porém, os portos do "arco norte" têm capacidade muito inferior à demanda atual para escoar os produtos.

Ele cita a produção de milho e soja na safra 2009/10. Dos 108 milhões de toneladas colhidas, mais da metade (56 milhões) saiu de campos do Norte e do Nordeste.

Segundo ele, 7 milhões foram exportados por portos do "arco norte". Do restante, 11 milhões foram consumidos nessas regiões e 38 milhões viajaram para o restante do país.

Como o consumo interno de soja e milho foi de 54 milhões no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul, Fayet concluiu que os 36 milhões restantes foram exportados pelo Sul e pelo Sudeste.

Segundo Fayet, a capacidade de escoamento no Norte e Nordeste precisará saltar de 8 milhões de toneladas para 50 milhões em nove anos.

"Conheço produtor de soja e milho que parou de plantar pela dificuldade de escoar a produção. Começaram a criar gado", diz.

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