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Empresa oferece seguro de forma irregular

DE SÃO PAULO

Quem compra o serviço da TrueStar -que consiste em um plástico protetor aplicado sobre a mala- recebe um seguro contra furto ou avaria de bagagem no valor de até US$ 3.000. Mas o cliente não sabe o nome da seguradora.

O presidente do Sindicato dos Corretores do Estado do Rio de Janeiro, Henrique Brandão, diz que é crime oferecer seguro sem fornecer o nome da seguradora e do corretor. "Se não tiver a referência, não é seguro, mesmo que esteja escrito que se trata de uma apólice", diz Brandão.

"A empresa pode estar oferecendo seguro sem estar assegurada ou ter seguro no exterior sem registro no Brasil, o que também é crime."

Recentemente, a Susep (Superintendência de Seguros Privados), que regula o setor, multou em R$ 11 bilhões uma seguradora americana que vendia seguro no Brasil sem registro -chegou-se a esse total pelos valores assegurados pela empresa. Questionada sobre a TrueStar, a Susep não se manifestou.

CALL CENTER

A TrueStar oferece um telefone para ligações gratuitas que não funciona a partir do Brasil. A Folha entrou em contato com o número de atendimento da empresa na Suíça e, apesar de a gravação oferecer a opção de atendimento em português, ao menos no momento da chamada (17h30 da quinta-feira passada) não havia ninguém que falasse o idioma.

O Procon diz que a empresa não é obrigada a fornecer um número de 0800 (ligações gratuitas), mas que ela tem de oferecer um "canal de comunicação" ao consumidor.

Os problemas da TrueStar não se limitam ao Brasil. Em Miami (EUA), ela está envolvida em uma polêmica após ter conseguido convencer a administração do aeroporto a reduzir o valor do aluguel, de US$ 11 milhões/ano para US$ 8 milhões.

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