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Demografia do luxo Consultorias mapeiam potencial do mercado brasileiro e o perfil e a localização dos consumidores de alta renda; SP perde participação VERENA FORNETTIDE NOVA YORK Enquanto economistas preveem que o PIB crescerá no máximo3% no ano, o mercado do luxo deve avançar 20% no país. A previsão está no relatório "Luxo, Demografia e Estilo de Vida no Brasil", da consultoria norte-americana Bain & Company. Gabriele Zuccarelli, sócio da companhia em São Paulo, afirma que os estrangeiros no país e os altos executivos ganham espaço no grupo de consumidores composto sobretudo por famílias tradicionais e empresários. "A remuneração dos executivos cresceu muito, a exemplo do número de milionários", diz. Zuccarelli afirma, porém, que o crescimento das viagens de brasileiros ao exterior pode "canibalizar" o potencial do mercado do país. Dados da consultoria MB Associados mostram também que São Paulo perdeu participação entre os potenciais consumidores de luxo. Em 2002, o Estado concentrava 45% do total das famílias com renda mensal igual ou superior a 50 salários mínimos. Em 2010, o percentual caiu para 32%, segundo estudo da consultoria baseado em números do IBGE. Sérgio Vale, economista da consultoria, afirma que outros Estados brasileiros, principalmente os localizados no Centro-Oeste e no Nordeste, registraram crescimento superior ao paulista no número de famílias com alta renda. O desenvolvimento do Rio de Janeiro também contribuiu para isso. "A queda da participação de São Paulo é saudável. Toda descentralização de riqueza é benéfica porque mostra que a geração de renda está se espalhando pelo país, já que essas pessoas são, em geral, geradoras de emprego", afirma o especialista. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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