Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Chuvas aliviam peso de térmicas na conta de luz

DE SÃO PAULO

Generosas com o sistema elétrico brasileiro, as chuvas de 2011 aliviaram o peso das termelétricas na conta de luz de 2012. Mas tem sido essa "ajuda" que incomoda o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). De 2010 ao início de 2011, o uso das térmicas custou R$ 120 milhões.

"A tendência de deficit de hidrelétrica para atender horário de pico está aumentando, pois construímos usinas sem reservatórios. Ao mesmo tempo, a carga cresce entre 3% e 4% ao ano. Não podemos ficar contando com a hidrologia todo o tempo", afirma Hermes Chipp, diretor-geral do ONS.

Segundo ele, no final do período seco (setembro e outubro), o país pode perder até 8.000 MW em potência de hidrelétricas (falta de água nos reservatórios ou restrições locais). É eventual, mas o país não está livre disso. "Não há risco de desabastecimento no horário de pico. O que ocorre é que, em vez de atender essa demanda com hidrelétrica, muito mais barata, atendemos com térmicas, mais cara."

As autoridades do setor divergem sobre a urgência do caso. O ONS acha que a situação é crítica. A combinação -plausível- entre pouca chuva, alta da temperatura e crescimento maior pode sair caro.

O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, reconhece o problema, mas não o julga relevante agora. "O Brasil caminha para ter problema em atender horário de pico no futuro, mas não é algo que já se detectou."

Tolmasquim diz que a solução é ampliar a capacidade instalada das usinas hidrelétricas. Antes, o governo quer checar se as usinas possuem a potência prevista quando foram concedidas.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.