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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Álcool sobe 14% em SP e supera a inflação de 2011

A redução na oferta de álcool hidratado no ano passado pesou forte no bolso dos consumidores paulistanos. A alta de preços nas usinas foi repassada para os postos de abastecimento, onde os paulistanos pagaram, em média, 14% mais pelo combustível durante o ano passado.

A falta de álcool hidratado elevou o consumo de gasolina e provocou uma disputa maior pelo etanol anidro, que é obrigatoriamente misturado ao derivado de petróleo. Com isso, a gasolina também teve forte aceleração em 2011, com alta de 7%.

Enquanto em 2010 os preços dos combustíveis subiram menos do que a inflação média, em 2011 superaram de longe essa taxa. A inflação no ano passado foi de 5,81%. É o que mostram os dados referentes ao município de São Paulo divulgados ontem pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Aftosa "O primeiro foco pode ser visto como acidente. Este segundo já é descontrole." A avaliação é de Pedro Camargo Neto, pecuarista e ex-presidente do Fundepec, sobre o novo foco de febre aftosa no Paraguai.

Ação Na avaliação de Camargo Neto, é um erro de ação dos paraguaios o retorno da doença ao país. "O Brasil precisa reagir com energia para não correr o risco de perder décadas de trabalho por aqui", diz ele.

Petróleo O Bank of America Merrill Lynch vê dois cenários para este ano: recessão modesta na Europa e o PIB mundial crescendo 3,5%. Em um quadro mais agudo, a situação econômica europeia poderia afetar mais fortemente a economia mundial, que cresceria apenas 1%.

Demanda Os analistas do banco preveem pouca pressão nos preços do petróleo neste ano porque a demanda será fraca. O valor médio do barril deverá ficar em US$ 108 para o Brent e US$ 101 para o West Texas.

Seca Os argentinos estão muito preocupados com o cenário de seca que ocorre nas lavouras do país. Se a seca persistir, em algumas áreas poderá não haver colheita, principalmente nas lavouras de milho.

Custos O problema dos argentinos é que um volume menor de produção vai reduzir ou eliminar as margens de ganho, uma vez que custos e inflação são maiores no país do que nos demais produtores de grãos.

Hortifrúti Os legumes tiveram alta acumulada de 17% no ano passado no entreposto da Ceagesp de São Paulo. Verduras (4%) e pescados (6%) também subiram no período. Já as frutas e produtos diversos (entre eles batata e cebola) recuaram 5% e 4%, respectivamente.

Trigo O Afeganistão se firma na produção. De 1990 a 2009, a média de evolução anual da produção foi de 3,5%. Sementes selecionadas e melhor utilização de adubos fizeram o país superar 4 milhões de toneladas.

Clima seco faz preço de commodities parar de cair

As recentes chuvas na América do Sul acalmaram um pouco o mercado internacional de grãos. Há previsão de novas ocorrências nas próximas semanas.

Apesar desse cenário de estimativa de melhora no curto prazo, muitos operadores só dizem acreditar em um quadro melhor quando vier mais chuva. Com isso, os preços pararam de cair em Chicago.

O primeiro contrato de soja subiu ontem para US$ 12,22 por bushel (27,2 quilos), com alta de 0,3%. Já o milho permaneceu com preços estáveis, em US$ 6,59 por bushel (25,4 quilos).

Esses preços são bem superiores aos de há um mês, mas ainda ficam bem abaixo dos praticados no início de 2011, conforme acompanhamento da Folha.

Com KARLA DOMINGUES

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