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Foco Sem saída para crise, Kodak pedirá concordata até fevereiro, diz jornal DE SÃO PAULOA Eastman Kodak pode pedir concordata nas próximas semanas, segundo informações publicadas ontem no jornal americano "Wall Street Journal". A decisão tende a sair entre o fim deste mês e o começo de fevereiro. A empresa vai recorrer a expediente da lei de falências americana que permite a companhias em crise reorganizar as contas por um período. Para sanar as perdas, pode vender as 1.100 patentes da tecnologia responsável pelas imagens digitais. São necessários US$ 500 milhões para as operações serem mantidas neste ano. No terceiro trimestre de 2011, a Kodak contabilizou prejuízo de US$ 179 milhões, maior do que o esperado e do que o registrado um ano antes, de US$ 167 milhões. Já as receitas foram de US$ 1,49 bilhão, abaixo da expectativa de US$ 1,53 bilhão. A Kodak negocia, segundo o "WSJ", o financiamento de bancos, como JP Morgan Chase, Citigroup e Well Fargo, para continuar operando durante a concordata. O mercado financeiro já reagiu à crise da Kodak. As ações da empresa podem ser excluídas da Bolsa de Nova York se suas cotações não subirem nos próximos seis meses. Abaixo de US$ 1, os papéis caíram 80% em 2011. Em 1997, eram vendidos a US$ 90. O rumor de que a companhia poderia pedir concordata não é recente. Em outubro de 2011, a Kodak negou que fecharia as portas, em comunicado enviado à agência de notícias Bloomberg. No entanto, confirmou a contratação de uma firma de advogados especializada em falências e reestruturações empresariais. As dúvidas voltaram a pairar quando a Kodak anunciou a saída de três conselheiros em dezembro. No mesmo mês, especialistas ouvidos pela Folha afirmaram que a Kodak sofria com suas próprias invenções. Depois de a câmera digital ter nascido em seus laboratórios, a empresa não aproveitou a criação, temendo competir com os filmes fotográficos. Para eles, o meio para a Kodak arcar com suas obrigações era vender as patentes. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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