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Técnica de pesca terá que mudar, afirma empresa

DO ENVIADO ESPECIAL A PORTO VELHO

Os pescadores que foram deslocados das margens do rio Madeira e assentados perto do reservatório da usina de Santo Antônio terão de aprender novas técnicas de pesca para continuar na atividade, segundo a concessionária da hidrelétrica.

O ambiente de trabalho mudou para os moradores do assentamento da Vila Teotônio, que dizem que o "peixe sumiu" depois de terem se mudado.

Acostumados a pescar na cachoeira, onde os peixes se agrupam, eles agora terão de trabalhar em um lago, onde a profundidade é maior e a velocidade da água, menor.

"O material utilizado e as técnicas deles são adequadas para pescar em água corrente. Agora, será exigido mais esforço. Sob esse ponto de vista, é fato que a quantidade de peixe [pescado] diminuiu", afirma o gerente de sustentabilidade da Santo Antônio Energia, Ricardo Márcio Martins Alves.

Mas, diz ele, um monitoramento da atividade pesqueira mantido pela concessionária há dois anos aponta que os volumes de pesca por espécie não se alteraram ao longo de 2010 e 2011.

"São dados coletados no desembarque de pescadores que trabalham ao longo de todo o empreendimento. Isso quer dizer que o peixe continua lá", afirma Alves.

Ele diz ainda que a concessionária integra um grupo de trabalho, comandado pelo Ministério da Pesca, que tenta definir, para a comunidade da Vila Teotônio, novas formas de pescar.

Além disso, a Santo Antônio Energia diz que já contratou por conta própria uma consultoria que, além de testar os métodos de pesca, trará pescadores de regiões que já fizeram adaptações semelhantes para conversar com os assentados.

Ao todo, serão investidos R$ 570 milhões no remanejamento de famílias da zona rural e urbana, de acordo com a concessionária. (GH)

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