Foco

Durante as semanas em que passou na liderança do Folhainvest, Hilton Rezende, 59, sob o nome fictício de h..r, tornou-se uma espécie de consultor

Rezende recebia cerca de 20 dúvidas por dia de outros participantes pelo sistema interno de mensagens.

"Aos que queriam orientação, o máximo que eu pude eu respondi com a maior seriedade, porque são iniciantes interessados no mercado."

Não à toa, Rezende virou referência. O ex-bancário venceu com folga a disputa de 2011 no simulador do mercado financeiro. Sua carteira teve valorização de 114,68%.

A receita para chegar a tal ganho envolve disciplina, experiência e conhecimento. Rezende trabalhou em banco por 29 anos, fez curso de análise gráfica e investiu por seis anos em ações.

No simulador, o aposentado entrou em maio e, atuando diariamente com operações de alto risco de curto e curtíssimo prazo -como "day trade" (compra e venda no mesmo dia)- com papeis de alta volatilidade (MRV e Positivo, entre outros), chegou à liderança em junho.

"Tracei minhas metas e era muito disciplinado. Meu objetivo inicial era agregar pelo menos 1% ao dia."

Ele estima para maio seu retorno à Bolsa, onde investiu entre 2004 e 2010, quando saiu para estudar para concursos. O simulador, diz ele, servia de pausa dos estudos.