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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Consumo de frango no Brasil supera o dos EUA

O aumento da renda continua elevando a demanda por proteína animal no país. Em 2011, o brasileiro comprou mais carne de frango, de boi e de suínos em comparação com o ano anterior.

O consumo per capita no maior exportador de frango do mundo ultrapassou, pela primeira vez na história, o consumo dos EUA, maior produtor mundial.

No ano passado, o brasileiro comeu 47,4 quilos de carne de frango, o equivalente a cerca de um quilo por semana -crescimento de 7,5% em comparação com 2010.

Já o norte-americano consumiu 44,4 quilos de carne de frango no ano -apenas 2,3% a mais do que em 2010.

"Depois do crescimento de 10% em 2010, achávamos que o consumo per capita havia atingido o teto no Brasil, mas fomos surpreendidos por um novo aumento no ano passado", afirma Francisco Turra, presidente da Ubabef (União Brasileira de Avicultura).

A entidade também contabilizou aumento do consumo interno de ovos -de 148 unidades em 2010 para 162 no ano passado.

Segundo Turra, cada vez mais o consumidor local ganha relevância nos planos das empresas do setor. Em 2011, o mercado interno ficou com 70% da produção brasileira total de frango, de 13 milhões de toneladas.

"A proteína animal, como um todo, pode ter consumo ainda maior à medida que a renda aumenta", afirma.

O consumo de carne suína também cresceu 7% no ano passado, atingindo 15 quilos por habitante. "Foi o que salvou o setor em 2011", diz Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Suínos).

Como a produção nacional cresceu 4,9% e os embarques caíram 4,4%, em volume, o excedente foi direcionado ao mercado interno. "A linguiça se tornou um concorrente muito forte. Já está inserida nos hábitos de consumo e disputa espaço com a carne de boi", afirma Camargo Neto.

O consumo de carne bovina não foi diferente. Exportações menores deixaram os preços internos competitivos. Com isso, o brasileiro consumiu de 35 a 36 quilos em 2011, 9% mais do que em 2010, segundo José Vicente Ferraz, da Informa Economics FNP.

Contestação A Receita Federal contesta o dado de que 20% do vinho que entra no Brasil venha por vias irregulares. A informação, divulgada pela coluna na edição de sexta-feira (dia 6, à pág. B7), foi dada pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) como sendo informações da Receita.

É menos Levantamento da Receita Federal indica que, dos 76 milhões de litros importados pelo Brasil em 2010, apenas 167 mil foram apreendidos por ingresso irregular (0,2%).

Relação As apreensões guardam relação com o volume de contrabando ou descaminho e, portanto, não há indícios de que possam levar ao exagero de se afirmar que 20% do mercado nacional de vinho seja abastecido por produtos 'descaminhados', diz o órgão público.

Mantém Consultado, o Ibravin reitera a estimativa de que anualmente 20 milhões de litros entram no Brasil por "descaminho".

Fronteiras "Ainda é um número conservador", destaca o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani. Ele diz que as informações têm como base técnicos federais de fiscalização na fronteira.

Selo As vinícolas chilenas dizem que ainda há desconhecimento e incertezas sobre a vigência do selo nas garrafas de vinho no Brasil, levando à perda de mercado.

DE OLHO NO PREÇO

COTAÇÕES

Chicago

Soja

(US$ por bushel) 12,26

Milho

(US$ por bushel) 6,52

Mercado Interno

Trigo

(R$ por saca) 25,18

Algodão

(R$ por arroba) 17,94

Com TATIANA FREITAS

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