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Brasil monta estratégia antes de contra-ataque

NATUZA NERY
MAELI PRADO
DE BRASÍLIA

O governo Dilma não descarta retaliar a Argentina por protecionismo comercial após o país vizinho decidir impor autorização prévia para todas as importações a partir de fevereiro.

A orientação é demonstrar incômodo com a decisão, mas esperar a implantação da medida ao longo do mês que vem para só então reagir.

A expectativa é que os argentinos revejam sua posição para evitar o risco de prejudicar seu próprio mercado local.

Segundo a Folha apurou, a decisão sobre retaliar o parceiro comercial virá somente a partir de março, após se avaliar o impacto da medida.

A exigência de autorizações antecipadas diz respeito a 75% de tudo o que o país vizinho importa, já que a medida fala em "bens destinados ao consumo".

"Isso é limitar importações, discutir caso a caso com cada empresa se podem ou não comprar de outros países. Se entrar em vigor, podemos rasgar o Mercosul", disse Roberto Gianetti da Fonseca, diretor da Fiesp.

Para Cynthia Kramer, advogada do escritório L. O. Baptista Advogados Associados, "faria mais sentido entrar com um pedido na OMC (Organização Mundial do Comércio). Mas não acredito que o Brasil siga esse caminho, por questões políticas". Tudo deve ser tratado no âmbito do Mercosul.

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