Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Celebridade turbina site com maior audiência

Gratuita, versão on-line do britânico 'Daily Mail' ultrapassa 'NYT', que passou a cobrar

VAGUINALDO MARINHEIRO
DE SÃO PAULO

David Beckham está ficando careca. Um ex-marinheiro americano diz que fez "ménage à trois" com Edward 8º (que abdicou ao trono inglês) e a mulher. Nicolas Sarkozy, presidente francês, fala mentiras sobre o Reino Unido.

Notícias como essas estão sempre na página inicial do site do "Daily Mail", de Londres, o site noticioso com maior audiência no mundo.

Em dezembro, segundo a comScore, que mede audiência na internet, o "Daily Mail" on-line atraiu 45,3 milhões de leitores. Ultrapassou o "New York Times" (44,8 milhões).

Segundo o "Mail", o mundo dos ricos e famosos responde por menos de 30% do tráfego de leitores. O resto vem de uma miríade de assuntos -de política a comportamento. Na média, há mais de 300 notícias na home page todos os dias.

Há três anos, a internet era desprezada pelo "Mail", tabloide conservador com foco na classe média baixa.

Conquistaram primeiro a audiência local, com títulos enormes (com até sete, oito linhas) e abuso de adjetivos.

Depois, voltaram-se aos EUA, onde no ano passado abriram sucursais em Los Angeles e Nova York. Foi a audiência americana que deu a liderança ao site, afirma seu editor, Martin Clarke.

O "NYT" tentou desqualificar a perda da liderança.

Primeiro, disse que o "Daily Mail" foi favorecido pela inclusão da audiência de um site de finanças pessoais do mesmo grupo. Depois, que os dois não podem ser considerados concorrentes.

Os dois representam modelos opostos. O "Mail Online" é gratuito. O "NYT.com" começou a cobrar de quem ultrapassa um número de páginas acessadas num mês.

O sucesso do "Mail Online" contraria a ideia de que a internet rouba público do impresso. O "Daily Mail", segundo diário do Reino Unido (só perde para o "Sun"), vendeu no mês passado em média 2 milhões de exemplares/dia, 1,78% menos que em dezembro de 2010.

No período, o "Daily Telegraph" perdeu 7% (587 mil exemplares), o "Times", 8,79% (409 mil), e o "Guardian", 13% (230 mil).

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.