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Carrefour troca cúpula e mira filial brasileira

Segunda maior operação, unidade no país é alvo de rumor de venda

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

Maior grupo varejista da Europa, o Carrefour anunciou ontem a troca de seu presidente mundial, Lars Olofsson, mudança que visa contornar a queda nas vendas e que deve ter impacto importante na filial brasileira.

Além de Olofsson, também sai Pierre Bouchut, responsável pelos países emergentes, que tem no Brasil a sua maior operação depois da França.

Sozinho, o Brasil responde por 13,3% das vendas globais. Ao lado de Argentina e China, é um dos poucos mercados ainda em expansão.

No lugar de Olofsson, executivo sueco vindo da Nestlé, entra em junho o francês Georges Plassat, que fez carreira no rival Casino, grupo supermercadista francês que assume em junho o comando do brasileiro Pão de Açúcar.

Bouchut ainda não teve anunciado seu substituto.

Considerado veterano do varejo, Plassat estava desde 2000 na Vivarte, empresa dona das marcas Andre (sapatos), Kookai (moda feminina) e La Halle aux Vetements (loja de descontos).

Antes, trabalhou por 15 anos no Casino e comandou por dois anos a filial espanhola do próprio Carrefour.

Pressionado pelos acionistas, Olofsson testou várias estratégias, mas não impediu a queda nas vendas.

Em 2011, envolveu-se com o projeto fracassado de fusão com o Pão de Açúcar, encampado pelo empresário brasileiro Abilio Diniz.

O Carrefour hoje é controlado por uma aliança do fundo Colony com Bernard Arnauld, dono da Louis Vuitton.

Alvo constante de rumores de venda, a operação brasileira é cobiçada pelo Walmart e pelo chileno Cencosud, que adquiriu o GBarbosa no país.

No ano passado, o Carrefour brasileiro reviu o plano de negócios, fechou cinco hipermercados e mudou a bandeira de sete unidades para Atacadão. Em São Paulo, demitiu pelo menos mil funcionários, segundo o Sindicato dos Comerciários.

Em 2010, o Carrefour descobriu um rombo contábil de € 500 milhões no Brasil e substituiu toda a diretoria.

Desde quinta, as ações do Carrefour subiram 4,1%.

Procurado pela reportagem, o Carrefour informou que, além da saída de Bouchut, nenhuma mudança está programada para o Brasil.

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