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Bolsa sobe 11% e volta a liderar aplicações

Dólar comercial recua 6,53% no mês com melhora no cenário externo e volta do investidor estrangeiro ao Brasil

Após alta da Bovespa, aumenta chance de acomodação; analista recomenda venda gradativa de ações

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

A Bovespa voltou a liderar o ranking de aplicações financeiras no início de 2012, com a relativa melhora do cenário externo e a volta do investidor estrangeiro ao país.

O Ibovespa, termômetro dos negócios no país, subiu 11,13% em janeiro, maior ganho desde os 11,5% de outubro, que não se sustentou.

O desempenho do Ibovespa em 2012 já é melhor que o dos últimos dois anos. Em 2011, o índice caiu 18,1%. No anterior, teve alta de só 1%.

Na ponta oposta, o dólar e o euro tiveram forte baixa de 6,53% e 5,7%, respectivamente, em janeiro. Campeão em 2011, o ouro subiu 0,63%.

"Dentro desse ambiente ainda incerto, continuo com uma visão otimista em relação à Bolsa que deve perdurar, pelo menos, até o próximo susto. Claro que será mais seletivo [o investimento na Bolsa], mas tem espaço ainda para alta. As ações estão longe de estarem esticadas e a economia brasileira vai continuar sendo um polo de atração do investimento estrangeiro", disse Newton Rosa, economista da SulAmérica.

Ele vê espaço para o Ibovespa ir a 72 mil pontos em 2012; o índice está em 63.072.

Para Fabio Colombo, administrador de investimentos, o investidor deve ficar atento, pois a forte alta da Bolsa pode não se sustentar se ocorrer uma piora no cenário.

"Em razão da forte alta do Ibovespa, a recomendação é de venda gradativa e parcial da carteira de ações", disse.

Com os juros rumando para um dígito ainda em 2012 (a previsão é que a taxa do governo caia a 9,5%), os analistas vislumbram um cenário mais restrito para os investimentos em renda fixa.

No mês passado, os fundos DI renderam 0,89%, enquanto os fundos de renda fixa subiram 0,93% (ambos sem descontar o IR). Já a poupança teve ganho líquido de 0,59%.

"Há todo um esforço do governo para ter juros de um dígito neste ano; há espaço para isso, mas podemos ter uma mudança na política monetária em 2013. O juro pode ter de subir", disse Rosa.

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