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MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Barreiras argentinas afetam 80% das exportadoras do Rio Grande do Sul

A política protecionista argentina já prejudicou pelo menos 80% das empresas gaúchas que exportam para o país, segundo pesquisa da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul).

Das 94 empresas ouvidas, 8,3% perderam mais de R$ 10 milhões no ano passado. Suas mercadorias se estragaram ou não embarcarão mais por estar fora de linha.

Os danos podem aumentar em 2012. Desde quarta-feira, o governo argentino exige informações prévias sobre todas as importações e não dá prazo para a liberação da entrada dos produtos.

"Isso deve ser aplicado a todos os países. O nível de dificuldade [para exportar], pelo menos, será para todos", diz o coordenador de comércio exterior da federação, Cezar Müller.

Dos entrevistados pela Fiergs, 81% afirmam acreditar que as barreiras se intensificarão neste ano.

Para contornar o protecionismo, 8,3% das companhias passaram a investir ou planejam produzir na Argentina, segundo a pesquisa.

Apesar de o Brasil ter apresentado superavit de US$ 5,8 bilhões em sua relação comercial com a Argentina, o Rio Grande do Sul teve um deficit de US$ 2 bilhões.

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) calcula que 74% dos embarques brasileiros para a Argentina podem ser afetados.

Ontem, o presidente Paulo Skaf se encontrou com o ministro de Economia argentino, Hernan Lorenzino, e com a ministra da Indústria, Débora Giorgi, para discutir o assunto.

Nº1 BRASILEIRO

O volume de executivos brasileiros contratados pela empresa de recrutamento Michael Page para cargos de chefia no exterior cresceu 70% em 2011.

"Há dez anos, era difícil encontrar um brasileiro como número um de uma empresa em outro país", afirma o diretor da companhia na América Latina, Patrick Hollard.

O momento favorável da economia do país melhorou a imagem do executivo no exterior, segundo Hollard. "O brasileiro também tem muito jogo de cintura e está acostumado a lidar com pessoas diferentes."

A presença dos executivos no exterior deve se acentuar neste ano, afirma.

Quando considerados cargos de média gerência, porém, a expatriação ficou estagnada em 2011 (alta de 3%).

México, Argentina e Chile concentram 75% dos brasileiros em posições de comando. Colômbia e Peru aparecem em seguida.

NO LABORATÓRIO

As companhias dos setores manufatureiro e tecnológico são as que mais pretendem investir em pesquisa e desenvolvimento durante este ano, de acordo com estudo da Grant Thornton.

Essa é a estratégia de crescimento de 39% das empresas desses dois segmentos.

Em seguida, aparecem os setores de saúde, hoteleiro e alimentício, com 31%, 24% e 23%, respectivamente.

A média global é de 25%, segundo o levantamento.

Foram entrevistadas 2.800 empresas de capital aberto e fechado entre novembro e dezembro do ano passado.

'ALÍVIO'

O nível de emprego na construção civil brasileira cresceu 7,46% no ano passado, com 211,1 mil postos com carteira assinada a mais, segundo pesquisa do SindusCon-SP (sindicato da indústria) feita com a FGV.

O setor iniciara 2010 com alta de 11% em relação aos 12 meses anteriores. Em dezembro, porém, a contratação, que já vinha em queda, recuou 2,69% ante novembro.

"Ninguém gosta de ter menos emprego, mas isso traz um alívio na construção civil", diz Sérgio Watanabe, presidente do SindusCon- SP. "A pressão sobre a mão de obra acarreta uma série de consequências que não são boas para o setor. O novo patamar é mais adequado ao momento atual", afirma.

O segmento que mais reduziu a contratação foi o imobiliário, que representa cerca de 40% do setor de construção. A região brasileira em que mais caiu o nível de emprego foi a Centro-Oeste, com recuo de 7,42%.

No Estado de São Paulo, no acumulado do ano, apenas duas regiões tiveram queda nas contratações: São José do Rio Preto, que fechou 2.867 vagas (-4,31%) e Santo André, onde foram dispensados 1.029 trabalhadores, em baixa de 2,19%.

Inovação A Bematech, de tecnologia para o varejo, investirá R$ 20 milhões para o desenvolvimento de produtos em todo o mundo. A empresa testa as ferramentas em outros países antes de lançá-las no Brasil.

Energético A Cemig e a Fapemig aprovaram projeto para a realização de estudo para produção e distribuição descentralizada de energia. A ideia foi do Centro de Pesquisa e Inovação Sueco Brasileiro e da KTH.

Em campo O Sebrae e a Ambev assinam hoje parceria para orientar revendedores de bebidas para a Copa. A iniciativa deve atingir 2.000 bares e lanchonetes.

CONCENTRAÇÃO IMOBILIÁRIA

Mais da metade do investimento mundial no mercado imobiliário está concentrado em 30 cidades, segundo estudo da Jones Lang LaSalle.

O aporte realizado no setor em 2010 e até setembro de 2011 foi de US$ 552 bilhões.

Entre as 30 cidades, 12 estão localizadas nas Américas, nove na Europa e outras nove na Ásia e na Oceania. As duas brasileiras são São Paulo e Rio de Janeiro, que devem continuar entre as líderes nos próximos anos devido aos investimentos para Copa e Olimpíada, diz Jeremy Kelly, diretor da consultoria.

Intercâmbio... A FGV-EAESP (Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas) recebe nesta semana 169 alunos estrangeiros, vindos de países da Europa e dos Estados Unidos.

...em alta No ano passado, a instituição recebeu 684 intercambistas. A expectativa é que esse número aumente cerca de 15% em 2012.

Conectados A conexão instalada para a Campus Party, que começa na segunda, em São Paulo, seria suficiente para dar acesso à internet a uma cidade de 1 milhão de habitantes, segundo a Telefônica/Vivo. Serão 7.000 pessoas e uma conexão de 20 Gbps.

com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ

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