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11 grupos se apresentam para leilão de aeroportos

Anac divulga hoje os nomes dos consórcios que não foram qualificados

Grandes operadores estrangeiros, como Changi, Fraport e Ferrovial, confirmaram presença no processo

MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO
DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA

Ao menos 11 consórcios apresentaram ontem na BMF&Bovespa propostas de participação no leilão dos aeroportos, segundo a Folha apurou. Pelas regras do processo de concessão, marcado para segunda, os grupos podem fazer propostas aos três -Guarulhos, Viracopos e Brasília-, mas só é permitido arrematar um deles. A soma dos preços mínimos dos três é de R$ 5,5 bilhões.

Hoje, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) anuncia o nome dos consórcios que não se qualificaram para a próxima etapa, de segunda, quando serão feitos lances a viva-voz. Os nomes dos qualificados serão revelados oficialmente só no dia do leilão.

Só serão qualificadas para a segunda fase as empresas que apresentaram proposta inicial cujo valor seja de até 90% da maior. Se houver duas ou menos empresas nesse intervalo, as três melhores avançam.

Advogados consultados pela reportagem dizem que as empresas estão preparadas para entrar com recursos judiciais se forem desqualificadas em razão de alguma proposta "aventureira".

Se algum grupo entrar com um preço muito superior ao preço mínimo estabelecido pelo governo para cada aeroporto, ele pode desqualificar outros concorrentes.

Compondo os consórcios estão grandes operadores internacionais, como a Changi, de Cingapura, que apresentou proposta em conjunto com a Odebrecht. A suíça Zurich AG entrou com a CCR, empresa controlada por Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, e a alemã Fraport, do aeroporto de Frankfurt, com o grupo Ecorodovias.

Responsável pela operação de um dos aeroportos mais movimentados do mundo, o aeroporto de Heathrow, em Londres, a espanhola Ferrovial apresentou proposta em sociedade com a Queiroz Galvão e o BTG Pactual.

Com nove aeroportos da África do Sul sob sua administração, a ACSA apresentou proposta com a Invepar, empresa de investimentos em transportes do grupo OAS com os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef. O consórcio confirmou ter feito proposta para os três aeroportos.

A construtora Galvão tinha negociações com o grupo alemão Flughafen München, do aeroporto de Munique, mas não confirmou propostas.

FORA DA DISPUTA

Já o governo de Portugal vetou na última hora a entrada da estatal de aeroportos ANA no leilão. A ANA tinha um acordo com cinco empreiteiras do Brasil (ATP, CVS, CCI, Encalso e Cartelonni) para participar da concorrência.

Com o veto, as empresas nacionais ficaram fora, já que é obrigatório que cada consórcio seja composto por uma operadora aeroportuária experiente. "Infelizmente, o governo português nos largou na mão", disse Luciano Amadio, representante das empreiteiras nacionais.

Outra que desistiu foi a construtora Delta. A empresa estudava entrar num consórcio com as construtoras Cowan e J.Maluccelli e o operador do aeroporto Charles De Gaulle, de Paris.

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