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Opinião Análise deve ser constante ERICO SANTANAESPECIAL PARA A FOLHA ESPERA-SE QUE o LEILÃO DE AMANHÃ MARQUE o INÍCIO DA BUSCA DE UM FLUXO CONSTANTE DE INVESTIMENTOS São muitos os modelos adotados pelos países visando impulsionar um maior ingresso de capital privado nos aeroportos. O governo brasileiro optou pela autorização/concessão de sua infraestrutura, tendo como marco o primeiro leilão ocorrido em 2011 (aeroporto de São Gonçalo do Amarante, RN) e uma nova etapa, amanhã, com os aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas (Viracopos). Eles estão entre os mais lucrativos do sistema aeroportuário brasileiro. Embora o governo inicie o processo garantindo o financiamento da infraestrutura aeroportuária com ajuda do BNDES, é importante frisar que alguns pontos devem ser continuamente analisados. Entre eles podem ser elencados: aumento da eficiência operacional, tática e em nível estratégico; diversificação dos serviços; evolução do nível de excelência nos negócios do setor e segmentos afins por meio de maior participação externa; descentralização da administração dos principais aeroportos; produtividade por funcionário da administração, assim como promover maior profissionalização na gestão; e minimizar as influências políticas na administração aeroportuária. Diante desses itens, as autoridades aeronáuticas brasileiras (Anac e SAC) não podem agir de forma burocrática. Não poderão ficar presas somente às regras de um edital construído de uma maneira rápida. A grande pergunta é: qual será o impacto, no dia a dia dos aeroportos, da entrada dos novos operadores? Não há dúvida quanto à aplicação dos investimentos nos aeroportos. Porém, se a Anac não agir de forma diferente, a qualidade de serviço vai continuar do jeito que se encontra atualmente. A agência tem papel primordial e precisa virar o jogo quanto a esse ponto. Para isso, é necessário contar com metas muito bem definidas para poder acompanhar os serviços. E, como consequência, apresentando a garantia da boa empregabilidade dos investimentos. 'CAIXA' Infelizmente, boa parte não está contemplada no edital, embora o governo tenha deixado claro a sua preocupação em maximizar o valor da outorga, focando seus esforços no aumento de "caixa" para a União. Outros pontos que pesam são que não cogitaram considerar as concessões por menor tarifa, tampouco retirar a Infraero do certame. No entanto, espera-se que o leilão das concessões dos aeroportos marque o início da busca de garantia de um fluxo constante de investimentos para maximizar a eficiência -na navegação aérea e na infraestrutura aeroportuária, independentemente de variações políticas e de governo do momento. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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