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Demanda pede novos terminais de gás, diz Graça

Em 1ª entrevista, nova presidente da Petrobras fala de setor que dirige

De acordo com ela, o preço do gás continuará atrelado à cotação de cesta de combustíveis; valor no país é alto

Divulgação/Petrobras
A nova presidente da Petrobras, Graça Foster, ontem, na sede da empresa, no Rio
A nova presidente da Petrobras, Graça Foster, ontem, na sede da empresa, no Rio

PEDRO SOARES
DENISE LUNA
DO RIO

Em sua primeira entrevista após ser indicada à presidência da Petrobras, Graça Foster deu sinais de que, assim como a presidente Dilma Rousseff, prefere a discrição.

A executiva evitou falar ontem de assuntos fora de sua área de atuação como diretora, a de gás e energia.

"Respondo isso na segunda-feira, após a posse", disse, ao ser indagada sobre qual será o foco da sua gestão à frente da companhia. Dilma virá à posse da executiva, primeira mulher no cargo.

Graça falou apenas de gás. Disse que a estatal não cogita, sob hipótese alguma, abandonar a "premissa básica" de atrelar o preço do produto à cotação de uma cesta de óleos combustíveis, pois essa é a prática internacional.

O preço alto do gás tem sido apontado pela indústria petroquímica como fator inibidor de novos projetos desse segmento no país.

A executiva, no entanto, não afastou a possibilidade de descontos no preço. "Vai depender do mercado."

Graça informou que a demanda justifica a construção de dois novos terminais de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL). Um deles começará a ser construído em março na Bahia. O outro poderá ser instalado no Espírito Santo ou no Nordeste.

Também está sendo avaliado um projeto apresentado pelo Rio Grande do Sul, que, além do terminal de GNL, teria fábrica de fertilizante.

ANITA

A diretora disse que a decisão de enterrar uma máquina durante a construção do gasoduto Caraguatatuba-Taubaté, conforme revelou a Folha, foi tomada depois de uma avaliação econômica que mostrou que seria menos dispendioso enterrar a máquina perfuradora de rochas, que Graça chamou de Anita.

"O atraso dessa perfuração ia fazer atrasar a produção de petróleo por não ter onde escoar o gás. Ou você mantém o equipamento enterrado ou atrasa a produção. Optamos por não adiar a produção."

Segundo ela, a Petrobras deixaria de ganhar

R$ 700 milhões se isso não fosse feito e o enterro da máquina custou R$ 51 milhões.

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