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Protesto contra 'imperialismo' é obstáculo à expansão

DE SÃO PAULO

Embora os países com os quais o Brasil negocia sejam favoráveis ao "compartilhamento energético", organizações de defesa de direitos civis nesses países acusam o Brasil de "imperialismo".

As maiores frentes de resistência estão no Peru, onde o governo teve de retirar uma cláusula do projeto que será enviado ao Congresso, prevendo que o Brasil importaria quase toda a energia gerada pela usina de Inambari, nos primeiros anos.

Agora, o Brasil ficará com um terço e com a opção de importar mais caso não haja demanda interna no Peru.

Para a mudança, as comunidades locais fizeram protestos coordenados. A DAR (Derecho Ambiente e Recursos Naturales), por exemplo, chegou a imprimir "contas de luz" com um alerta: "Racionem energia porque estamos abastecendo os consumidores brasileiros".

A pressão surtiu efeito e as autoridades peruanas foram obrigadas a incluir uma cláusula mais favorável ao país.

Os ambientalistas peruanos criticam ainda a "exportação" para lá do passivo ambiental brasileiro (prejuízos ao ambiente, caso o país construísse as usinas planejadas para o Peru em seu próprio território).

Parte das obras no Peru será financiada com recursos do BNDES, que também liberou dinheiro para a construção da hidrelétrica de Tumarín, na Nicarágua. Ambos são projetos com a participação da Eletrobras. "A empresa é uma parceira importante", diz Luciene Machado, superintendente de comércio exterior do BNDES.

(JW)

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