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Não exportamos passivo ambiental, diz ministério

DE SÃO PAULO

O governo nega que as usinas no exterior sejam "plano B". O Ministério de Minas e Energia diz que o aumento de capacidade do sistema será suprido por novas usinas em território nacional até 2020.

Ainda segundo o governo, a construção de usinas no exterior faz parte de uma estratégia de integração energética da América Latina com o objetivo de eficiência de custos. Cálculos da Eletrobras indicam que o "compartilhamento" energético poderia gerar economias de R$ 1 bilhão ao ano aos consumidores "integrados".

"O que existe é um interesse compartilhado", diz Altino Ventura, secretário de planejamento energético do ministério. "Se o Brasil não sair na frente desse processo [de integração], ele não acontecerá."

Segundo Ventura, o governo tem interesse em todas as possibilidades de conseguir energia firme a preços mais baixos, que possam ser repassados para o consumidor.

Para isso, há acordos com o Paraguai, a Argentina, a Bolívia e o Peru. Ventura diz que há negociações com a Venezuela e o interesse da Colômbia, apesar das barreiras geográficas amazônicas, algo que dificultaria a conexão.

O governo nega as críticas de que estaria exportando "passivo ambiental" ou implementando uma "política imperialista".

Por meio de sua assessoria, a Eletrobras também refuta as acusações de ambientalistas, dizendo que só vai participar de projetos que respeitem a legislação ambiental dos países envolvidos e as posições das comunidades locais.

POTENCIAL

Ainda segundo ele, a América Latina dispõe de 18% do potencial hídrico do planeta e somente 24% dele está explorado. "Mesmo que essa energia não seja consumida internamente, poderia ser importada ou exportada."

A Odebrecht informou que os problemas na usina de San Francisco, no Equador, não tiveram a ver com a execução da obra ou falhas no projeto.

Após a conclusão, um dos vulcões na região entrou em erupção e a lava misturada à água comprometeu as turbinas, paralisando a usina. Os argumentos foram comprovados e aceitos pelo tribunal internacional que julgou o caso, em 2008.

(JW)

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