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Juro ao consumidor é o menor desde 1995

Taxa média fica em 6,4% em janeiro, o que representa 110,5% ao ano; quedas da Selic e do IOF colaboram para redução

Expectativa é de novos recuos, pois BC já indicou que vai manter cortes na taxa básica de juros da economia

DE SÃO PAULO

A taxa de juros média para a pessoa física atingiu em janeiro o menor nível desde 1995, segundo levantamento da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) divulgado ontem.

A taxa ficou em 6,4% no mês passado, um recuo de 2,74% em relação ao nível registrado em dezembro -que já era o menor desde 1995. Esse valor representa uma taxa de 110,52% ao ano.

Segundo o coordenador do trabalho e vice-presidente da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, as reduções são resultado de medidas que o Banco Central e o Ministério da Fazenda promovem para incentivar o consumo.

"Destacamos a última redução dos juros básicos (Selic), em janeiro, e a queda do IOF em operações de crédito."

No mês passado, o Copom (Comitê de Política Econômica) do BC reduziu a taxa básica da economia para 10,5% ao ano. E indicou que a Selic deve ficar abaixo de um dígito nos próximos meses.

Em dezembro, o governo anunciara redução na alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incidente sobre operações de crédito para pessoa física, como financiamentos de carros e cheque especial. A alíquota caiu de 3% para 2,5% ao ano.

Das seis linhas de crédito pesquisadas, uma se manteve estável (cartão de crédito rotativo) e as demais foram reduzidas no mês.

As taxas de juros para as empresas também caíram em janeiro. O índice médio ficou em 3,79% ao mês, ou 56,27% ao ano, menor patamar desde outubro de 2010.

Das três linhas de crédito pesquisadas, todas foram reduzidas no mês.

"Nossa expectativa é que as taxas de juros voltem a ser reduzidas nos próximos meses por conta das prováveis reduções da Selic, conforme sinalizações do BC, bem como de todas as medidas que o BC e a Fazenda vêm promovendo para evitar uma desaceleração forte na economia", diz Oliveira.

Apesar das reduções, a Fazenda demonstrou nesta semana estar insatisfeita com o nível dos juros cobrados pelos bancos, principalmente para as empresas.

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