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Fiscalização aponta trabalho irregular em obra de hospital em SP

Ministério vê condição análoga à escravidão no Oswaldo Cruz; empreiteira culpa terceirizada

DE SÃO PAULO

Um grupo de 11 pessoas trabalhava sob condições análogas à escravidão na obra de ampliação do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na avenida Paulista, segundo o MTE (Ministério do Trabalho). Quase 280 profissionais atuam no canteiro.

Segundo o MTE, endividados, quatro trabalhadores tiveram os salários retidos por dois meses e não puderam voltar para o Maranhão, seu Estado de origem. Os outros já trabalhavam na capital.

Eles viviam em alojamento com condições precárias na zona leste.

OUTRO LADO

A empreiteira Racional Engenharia, que construiu os shoppings Morumbi e Pátio Higienópolis, é a responsável pela obra. Ela argumenta que os 11 trabalhadores eram funcionários da Genecy da Silva Leite ME, terceirizada.

Diz ainda que, no ato da assinatura do contrato, a Genecy omitiu trazer trabalhadores do Maranhão e que os abrigava em alojamentos. A Racional afirmou que isso a impediu de realizar auditoria externa para verificar as condições da moradia.

Os trabalhadores foram recrutados por Clemilton Oliveira, dono da Genecy, segundo a Racional. Ele foi empregado da Racional por 32 dias em 2011, diz a construtora. Oliveira não foi localizado.

As investigações começaram em dezembro, depois de um trabalhador reclamar que seu salário tinha sido retido por dois meses. Em janeiro, o MTE avisou a Racional, que rompeu com a Genecy.

O Oswaldo Cruz diz "selecionar parceiros segundo critérios de ética e respeito à legislação vigente no país". Os trabalhadores voltaram para casa com os benefícios pagos.

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