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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Cresce a capacidade ociosa das siderúrgicas

Apesar do aumento de demanda nos dois últimos anos, as indústrias siderúrgicas trabalham com excesso na capacidade de produção.

Segundo estudo da consultoria Ernst & Young, a indústria mundial pôde produzir 1,89 bilhão de toneladas em 2011 -80 milhões de toneladas a mais do que em 2010.

Considerando o consumo global de 1,39 bilhão de toneladas, o setor terminou o ano com 493 milhões de toneladas em capacidade ociosa -alta de 16% ante 2010.

Para Mike Elliot, líder global para a área de mineração da consultoria, o excesso de capacidade está prejudicando a rentabilidade das siderúrgicas e, atualmente, é o principal desafio do setor.

O mais preocupante é que não há perspectiva de melhora no curto prazo.

A crise europeia, que reduziu as expectativas para o crescimento econômico, paralisou investimentos em infraestrutura e deve reduzir a demanda por aço na região.

O setor siderúrgico deve crescer neste ano, mas a taxas menores. No ano passado, a produção mundial cresceu 7% e o consumo, 1%.

Os países emergentes devem continuar se destacando no mercado, com a China puxando o crescimento.

Mas, apesar da expansão da economia chinesa e das obras de infraestrutura no país, as siderúrgicas do gigante asiático também já trabalham com excesso de capacidade.

Neste ano, a capacidade total de produção na China deve ficar em 840 milhões de toneladas de aço, 22% acima do consumo esperado, de 688 milhões de toneladas, segundo a Ernst & Young.

Por isso, o parque siderúrgico deve parar de crescer na China. Por outro lado, a Índia, que hoje importa aço, deve continuar investindo. Entre 2005 e 2011, a capacidade indiana de produção cresceu 8,9%, mas não foi suficiente para suprir a alta de 13% no consumo local de aço.

Para o Brasil, a consultoria também prevê um ano desafiador. Mas, aqui, os problemas vão além da ociosidade.

O câmbio contribui para o aumento das importações, obrigando produtores locais a reduzir preços para manter participação de mercado.

Fumo em alta As exportações brasileiras de fumo quase dobraram neste mês. A média diária para fevereiro, segundo dados colhidos pela Secex até o dia 19, é de US$ 11,9 milhões, com alta de 98% em relação a janeiro.

Feijão sobe O preço do feijão tipo carioquinha saltou 10% em uma semana, segundo pesquisa da Folha. O preço médio da saca de 60 quilos está em R$ 170. Paraná, Minas Gerais e São Paulo têm o maior valor, de R$ 180.

Efeito seca Apesar de os paranaenses estarem colhendo feijão, a oferta é escassa, o que pode provocar novas altas de preço. A seca registrada no início deste ano reduziu a safra do Paraná entre 35% e 40%.

Efeito Quaresma O preço do suíno, que acumulava valorização de 5,7% neste mês, interrompeu uma longa sequência de altas e caiu 0,8% ontem nos frigoríficos paulistas. Com a demanda fraca, a arroba é vendida a R$ 51,80, em média.

Safrinha avança O plantio de milho da safra de inverno já atinge 33% da área destinada à cultura, segundo a Céleres. Os trabalhos estão avançados -quase 20 pontos percentuais à frente do mesmo período do ano passado.

Colheita acelerada O plantio de milho é beneficiado pela colheita da safra de soja, que chega a 20% da área e abre espaço para o cereal.

DE OLHO NO PREÇO

COTAÇÕES

Londres

Petróleo

(US$ por barril) 122,90

Cobre

(US$ por tonelada) 8.391

Nova York

Açúcar

(cent. de US$)* 25,76

Café

(cent. de US$)* 200,75

  • por libra-peso

TATIANA FREITAS (interina) e KARLA DOMINGUES

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