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Rio 'deve' vaga em hotéis para a Olimpíada

Comitê Olímpico exige 80 mil leitos, mas, a quatro anos do evento, cidade oferece 45 mil, segundo estudo inédito

Pesquisa do IBGE mostra que, para a Copa de 2014, oferta de hospedagem nas sedes supera o indicado

Marcos Tristão - 10.out.2011/Agência O Globo
Fachada do Hotel Pestana Rio Atlântica, no Rio; cidade não tem hoje leitos suficientes para a Olimpíada de 2016
Fachada do Hotel Pestana Rio Atlântica, no Rio; cidade não tem hoje leitos suficientes para a Olimpíada de 2016

DENISE LUNA
DO RIO

Sede da Olimpíada de 2016, a cidade do Rio de Janeiro oferece só 56.77% dos leitos exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional para o evento.

Segundo pesquisa sobre a oferta de hospedagem no país, feita pela primeira vez pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Rio tem capacidade de oferecer 45.416 leitos dos 80 mil fixados pelo COI (40 mil quartos de hotel com 2 leitos em média cada um) para 2016.

O número sobre a oferta de hospedagem é relativo a 2011 e contabiliza leitos em hotéis, motéis, apart-hotéis, pensões ou albergues. A pesquisa, nacional, revelou também que a qualidade dos estabelecimentos deixa muito a desejar, tanto no Rio como nas demais capitais do país.

Segundo a Empresa Olímpica Municipal do Rio, desde novembro de 2010 já foram licenciados ou estão em processo na Secretaria Municipal de Urbanismo 11 mil quartos de hotéis na cidade, dos quais 94% são de três, quatro e cinco estrelas.

O objetivo da pesquisa, diz o IBGE, é fornecer dados para os gestores públicos adotarem políticas voltadas à ampliação do setor, tendo em vista os grandes eventos que o Brasil vai abrigar nos próximos anos.

Em relação à Copa do Mundo de 2014, as 12 cidades-sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014 concentram 75% da oferta de hospedagem do país, ou 278,2 mil leitos.

O número supera a necessidade de 110 mil leitos prevista para o evento pelo Comitê Organizador da Copa.

De acordo com o Ministério do Turismo, a expectativa é que o Mundial em 2014 atraia 600 mil estrangeiros e provoque a circulação de 3 milhões de brasileiros pelo país, sobretudo nas capitais-sede: Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Natal, Recife, Manaus, Brasília, Cuiabá e Curitiba.

Dos 373.673 leitos existentes em todas as capitais brasileiras, 85,5% têm médio e baixo grau de conforto e qualidade de serviços e só 14,5% estão na categoria luxo e superior/muito confortável.

A capital brasileira com maior destaque nesse setor é São Paulo, que concentra 972 estabelecimentos, seguida de Rio (429), Salvador (358) e Belo Horizonte (291). Destaque negativo, Porto Alegre tem 190 estabelecimentos.

ACESSIBILIDADE

O estudo indica que só 1,3% do total dos 5.036 estabelecimentos pesquisados nas 27 capitais estão preparados para pessoas com necessidades especiais -deficientes físicos ou idosos.

No Brasil não há lei específica que obrigue os estabelecimentos de hospedagem a garantir o acesso de pessoas com necessidades especiais.

Feita em três meses, a pesquisa será ampliada em abril para mostrar também a oferta em cidades próximas às cidades-sede da Copa.

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