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'Guardian' defende 'jornalismo aberto' com os Três Porquinhos

Reprodução
Cena de comercial do 'Guardian' com os 'Três Porquinhos
Cena de comercial do 'Guardian' com os 'Três Porquinhos'

NELSON DE SÁ
ARTICULISTA DA FOLHA

O comercial abre com a manchete "Lobo Mau é cozido vivo". Segue com vídeo da invasão da casa de tijolos dos Três Porquinhos pela polícia e com protestos nas ruas em sua defesa, entre mensagens de Twitter. Acaba com o julgamento dos três, que admitem ter destruído as casas por não ter como pagar hipoteca -o que traz mais mensagens.

Criado pela agência BBH, o comercial do britânico "Guardian" se reproduziu como vírus, o que combinou com a mensagem: o diário defende "open journalism", com acesso livre e interação, como saída para o jornalismo. Foi visto como "sensacional" e "épico" por sites de mídia.

A opção por "jornalismo aberto" já havia sido anunciada em 2011, quando o "Guardian" se declarou "digital first", digital primeiro. Por trás do humor, porém, o comercial expõe a disputa com outro modelo para o futuro da imprensa, adotado no "New York Times", de barreiras "porosas" para o acesso.

Os dados de assinatura digital do "NYT" indicam que a estratégia vem dando certo. O "Guardian", com o comercial, afirma que mantém -e aprofunda- sua opção, abrindo-se mais ao leitor, pois "jornalistas não são os únicos especialistas no mundo".

Críticos de mídia cobraram números, não comerciais ao estilo Michael Bay ("Transformers"), para se convencerem de que o modelo do "Guardian" vai funcionar.

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