Mercado Aberto

Governo federal atrasa pagamento de subvenção do seguro rural de 2011

O governo federal voltou a atrasar o pagamento da subvenção do seguro rural para as seguradoras neste ano.

A dívida, de cerca de R$ 124 milhões, repete uma situação que já foi vivida pelo setor no ano passado, segundo a FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais).

"A parcela é relativa a 2011 e já deveria ter sido paga em janeiro. No ano passado, também houve atraso de mais de R$ 160 milhões relativos a 2010, que só foram pagos no segundo semestre de 2011", diz o presidente da comissão de seguro rural da entidade, Luiz Roberto Foz.

Antes do ano passado, o governo não costumava atrasar, segundo Foz.

A subvenção é um subsídio oferecido pelo governo aos agricultores para ajudá-los a bancar o custo do seguro de suas produções. O recurso é pago diretamente às seguradoras, para cobrir prejuízos causados por danos como incêndios, chuvas excessivas, secas e outros.

"Estamos assumindo uma dívida que não é nossa. A seguradora é obrigada a pagar ao ressegurador, quer o governo pague ou não. Isso descapitaliza as seguradoras", afirma Foz.

"O atraso no pagamento de subsídios gera desconforto a seguradores e seus acionistas quanto às politicas locais do seguro rural", diz Renato Buranello, especialista do escritório Demarest e Almeida.

O Ministério da Agricultura informa que o valor será pago, porém, não pode ainda prever a data.

Tribunal rural

Nomes como Luís Inácio Lucena Adams, advogado-geral da União, e dos ministros Marco Aurélio Mello (STF), Massami Uyeda (STJ) e outros se reúnem com especialistas do agronegócio nesta semana, em São Paulo, para discutir assuntos estratégicos para o setor.

"Em 2050, o Brasil fornecerá uma grande parte dos alimentos para o mundo. Precisamos refletir se estamos posicionados para isso. Temos muito a resolver", diz Renato Buranello, do Demarest e Almeida Advogados, que organizou a agenda do evento.

O tema de maior relevância da pauta é a aquisição de terras por estrangeiros. Outras questões capazes de aprimorar o caráter institucional do agronegócio, como tributação, seguros e atração de investimento, serão abordados.

O que estou lendo

Robson de Andrade, presidente da CNI

À frente da Confederação Nacional da Indústria, Robson de Andrade viajou com cerca de 120 empresários do setor de tecnologia para a Alemanha.

Na bagagem, a biografia de Steve Jobs, de Walter Isaacson. "Ele tinha uma visão empresarial inovadora que revolucionou grandes indústrias através de suas invenções", afirma Andrade.

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Pílula... O Brasil se tornou o primeiro mercado mundial para a Innéov, marca das chamadas pílulas da beleza, resultado da parceria entre L'Oréal e Nestlé. Entre os produtos mais vendidos está uma fórmula que combate queda capilar.

...de beleza Para 2012, a meta é elevar em 20% o número de pontos de vendas em Estados como Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia. A marca está hoje em 13 mil farmácias no país.

Financiamento... Empresárias mulheres são responsáveis por 45% do desembolso total da Agência de Fomento Paulista, que fechou o mês de janeiro com R$ 525,5 milhões em empréstimos desde o início de suas operações.

...feminino O número de empresas em que mulheres são responsáveis pelos investimentos é de quase um terço das firmas atendidas. A média de idade das mulheres que obtiveram financiamento é 44 anos.

Viajante O turismo estrangeiro na Colômbia registrou alta de 10,3% em 2011. A presença dos brasileiros no país cresceu de forma mais acentuada (40,6%). Com 93, 2 mil visitantes, o Brasil foi o quinto maior emissor de turistas, após cinco anos na oitava posição.

Boxe

"Queremos crescer em pequenas e médias empresas e em toda a base da pirâmide, além de ocupar cada vez mais espaço universitário", diz Fernando Martins, vice-presidente executivo de marca, marketing, comunicação e interatividade do Santander.

O banco lança hoje uma campanha publicitária, na qual investiu R$ 15 milhões, na primeira fase, e R$ 20 milhões em anúncios com foco em pessoa jurídica.

Para este ano, a verba para publicidade é de R$ 150 milhões. Nos comerciais, Neymar, Pelé, Felipe Massa e a atriz Arlete Salles.

Cesta de compras

O IPV (Índice de Preços no Varejo) registrou alta de 0,28% em janeiro, ante dezembro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o índice acumula alta de 3,98%. O indicador é aferido pela FecomercioSP.

A verdura comercializada em supermercado foi um dos produtos que mais pressionou o IPV, com aumento de 5,57%. Legume vendido em feira teve alta de 5,66%.

O preço das carnes reduziu 0,73% em açougues. As aves apresentaram a maior queda (2,06%).

O grande volume de chuvas, que melhorou os pastos, foi o responsável pela redução no preço das carnes, segundo a assessoria técnica da FecomercioSP.

Reclamações expostas

Um projeto de lei sugerido pelo Procon-SP deve obrigar os estabelecimentos comerciais a divulgar, já neste ano, a lista das dez empresas que receberam mais reclamações.

O objetivo é aumentar a visibilidade do ranking produzido pela fundação há 20 anos e punir as companhias com pior atendimento, segundo o diretor-executivo do Procon-SP, Paulo Góes.

"É difícil imaginar que, na dúvida entre operadoras de celular, alguém escolha a que tem piores resultados."

A fundação espera que o projeto ainda sofra alterações e que as empresas também sejam obrigadas a publicar a lista em seus sites.

Para o deputado Fernando Capez (PSDB), autor do projeto, a medida é o primeiro passo para a criação de um selo de responsabilidade que poderá conceder benefícios fiscais.

"Os incentivos seriam compensados com a queda de processos, o que diminuiria o custo da Justiça."