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Sindicato duela com engenheiros na Petrobras

DO RIO

De um lado, um sindicalista da FUP (Federação Única dos Petroleiros), João Antônio de Moraes. Do outro, um engenheiro da Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobras), Silvio Sinedino, que acusa o adversário de ser aliado do governo federal.

Apesar das diferenças, os dois representantes dos empregados que passaram ao segundo turno da disputa por uma vaga no Conselho de Administração da Petrobras têm uma promessa em comum.

Se eleitos, ambos prometem brigar para mudar uma regra básica do novo sistema: o representante dos empregados não poderá participar de votações nas quais haja conflito de interesse.

A regra obriga o eleito a se afastar de assuntos relacionados aos trabalhadores da estatal, como salários, previdência etc. Para Silvio Sinedino, a restrição cria duas classes de conselheiros, o que não combina com a governança corporativa.

Os candidatos deixaram para trás um primeiro turno com 135 candidatos, no qual cerca de 17 mil petroleiros votaram, de um universo em torno de 80 mil funcionários.

"A gente não tem ilusão que a eleição vai democratizar o conselho, mas vai ser importante levar uma visão que hoje não existe. No mínimo a nossa presença vai constrangê-los", diz Sinedino.

Moraes lembra que a conquista é uma luta de mais de 20 anos do trabalhador. Para ele, a restrição em algumas reuniões terá que ser discutida porque, de acordo com ele,

há membros do Conselho de Administração que fornecem produtos à Petrobras e não estão submetidos à regra.

"Por que eu tenho que sair e eles não?", questiona, sem citar nomes.

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