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Argentina pede investimentos da Petrobras

Para ministro Edison Lobão, há interesse em aumentar participação da estatal no país

SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem em Buenos Aires que a presidente Cristina Kirchner pediu um maior investimento da Petrobras na Argentina. Segundo Lobão, o interesse da Petrobras é recíproco, apesar de a estatal ter encolhido nos últimos tempos sua atuação no país vizinho.

"O setor de gás não convencional é alternativa para incrementar sua ação no país, mas também o aumento da rede de postos", diz Lobão.

A presidente argentina está em rota de colisão com a YPF, subsidiária da espanhola Repsol, a maior petrolífera do país, a quem o governo acusa de formação de cartel.

Lobão visitou Buenos Aires por conta do projeto de construção das hidrelétricas de Garabi e Panambi, no rio Uruguai, na fronteira do Brasil, no Rio Grande do Sul, e da Argentina, nas províncias de Misiones e Corrientes.

As usinas serão controladas por uma empresa estatal criada pelos dois países e haverá alternância na utilização da energia produzida. Entre maio e julho, será voltada à Argentina, por conta do alto consumo de energia no inverno. O Brasil utilizará entre setembro e dezembro.

Apesar de seguir o modelo de Itaipu, empresa binacional de Brasil e Paraguai, Lobão disse que "alguns erros" deveriam ser evitados.

"Uma direção duplicada atrapalha, são muitos administradores, gera burocracia. É preciso aperfeiçoar isso, que não deu certo em Itaipu."

As construções de Garabi e Panambi começarão em 20 meses e a ideia é que fiquem prontas até 2018.

O empreendimento será levado adiante pela Eletrobras e a argentina Ebisa. Lobão disse que o reservatório terá uma altura menor do que a pensada inicialmente, para evitar impacto ambiental.

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