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Governo solicita ao Google detalhes de política de privacidade

Ministério da Justiça acha que novo sistema pode servir para vender dados de usuário

MAELI PRADO
DE BRASÍLIA

O Ministério da Justiça notificou ontem o Google para que a empresa forneça detalhes da nova política de privacidade da empresa, que passou a vigorar neste mês e que permite ao buscador o cruzamento de dados de um mesmo usuário de diferentes serviços, como Gmail, Google+ e YouTube.

Além dos riscos que envolvem uma exposição excessiva, o receio é que o novo sistema seja usado, à revelia dos usuários, para traçar perfis de consumidores e aprimorar a entrega de publicidade.

Se as respostas do buscador, que devem ser dadas em até dez dias, forem consideradas insuficientes, um processo administrativo será instalado e ao fim da investigação o Google pode ser multado em até R$ 7 milhões.

"Mas o objetivo não é a multa. É pontuar o fim de algumas práticas, o que pode acontecer se a empresa se dispuser a conversar", disse o secretário de Direito Econômico, Vinícius Carvalho.

As principais questões que a empresa terá de responder são como os consumidores puderam se manifestar a respeito das mudanças e se há opções para os que preferem usar os serviços sem a interconexão obrigatória com outros produtos da empresa.

O Google diz que a nova política não alterou nenhuma configuração de privacidade e que não venderá dados pessoais de usuários.

"Se você não acha que o compartilhamento de informações aprimorará sua experiência, pode usar nossas ferramentas de privacidade para fazer coisas como editar ou desativar o seu histórico de pesquisa", diz o texto. O buscador afirmou que responderá formalmente à notificação.

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