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Novas regras tentam dar agilidade a pedido para investigar importações Indústria faz 124 solicitações ao governo em 2011, mais que o dobro da média dos anos anteriores Ministério só começa a investigar importações supostamente desleais depois de ser acionado pelo setor privado DE BRASÍLIAA indústria brasileira, que sofre com a concorrência de importações recordes, apresentou 124 pedidos de novas investigações em 2011, número mais de 100% superior à média registrada em anos anteriores. Os pedidos não garantem a abertura de um processo, o que depende de verificação preliminar de indícios de deslealdade comercial nas importações. Desde janeiro, espera-se mais celeridade nesse processo, já que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mudou o formulário de petição. Até o ano passado, a empresa fornecia alguns dados iniciais e posteriormente mais detalhes iam sendo pedidos pelo Departamento de Defesa Comercial do ministério. As regrais atuais demandam o preenchimento de um documento de mais de cem páginas logo na primeira petição, o que evita as idas e vindas anteriores e agiliza o processo. CENÁRIO EXTERNO Na avaliação do governo, o forte aumento de pedidos no ano passado reflete a preocupação da indústria com o cenário internacional. "O setor privado também foi criando mais confiança e familiaridade com o sistema", afirma Felipe Hees, diretor do Departamento de Defesa Comercial. Em 2011, a participação da indústria na economia caiu para o nível mais baixo desde os anos 1950 (como revelou a Folha na edição de ontem), o que foi causado em grande parte pelo câmbio desfavorável. O ministério somente começa a investigar importações consideradas desleais após ser acionado pelo setor privado. Quando um produto entra em investigação, passa a ter licença não automática, ou seja, a importação depende de uma autorização que pode levar até 60 dias para sair. DE TALHERES A LEITE Entre as investigações em curso atualmente, estão produtos tão diferentes como panelas e talheres da China, leite em pó da Nova Zelândia e borracha sintética da Argentina, da Coreia do Sul, dos Estados Unidos e da França. Representantes de outros setores, como fabricantes de escovas de dentes, também já pediram abertura de investigação e aguardam o pronunciamento do ministério. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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