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Montadoras apoiam saída negociada

DE SÃO PAULO

O sistema de cotas é uma saída menos traumática para as montadoras do que um possível rompimento do acordo automotivo com o México, que garante a importação de veículos sem a cobrança de impostos.

A renegociação, aliás, foi defendida pelo presidente da Anfavea (associação dos fabricantes de veículos), Cledorvino Belini, que é o representante no Brasil das montadoras que importam do México.

Na terça-feira, Belini, que é presidente da Fiat para a América Latina, afirmou que a adoção de cotas pode ser a alternativa para o reequilíbrio da balança comercial do setor entre os países. Ontem, a Anfavea não se manifestou sobre o caso.

Segundo o diretor do Instituto de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Fernando Sarti, a adoção de cotas é o mecanismo mais "inteligente" para o momento.

"O governo, ao adotar o sistema de cotas flex, demonstra a intenção de garantir a complementaridade no setor entre os países, sem impedir investimentos das empresas no Brasil."

Para o consultor Valdner Papa, ao romper com o México, o Brasil afetaria as vendas nacionais. "Os modelos do México são complementares aos brasileiros. O rompimento seria a pior alternativa para o mercado", disse.

A adoção de cotas, porém, abrirá precedentes para que importadores de veículos de países da Europa e da Ásia briguem por igualdade diante do aumento para até 55%, desde dezembro, do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

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