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'Enciclopédia Britânica' deixa de ser impressa

DE SÃO PAULO

Depois de 244 anos de circulação, a "Enciclopédia Britânica" deixará de imprimir seus 32 volumes.

A publicação ficará restrita ao mundo digital, que os leitores podem acessar por US$ 70 ao ano. O acesso a algumas páginas continuará gratuito. A versão impressa era vendida a US$ 1.395 (R$ 2.500) nos EUA.

A "Britânica" já se afastava do ramo de enciclopédias. Ultimamente, a comercialização de um software educacional respondia por 85% da receita, enquanto a venda de enciclopédias era responsável por só 15%.

"Vimos a chegada disso por algum tempo", disse Jorge Cauz, presidente da "Britânica".

O surgimento da web e a popularização de pesquisas on-line fizeram as vendas despencar. Em 1990, 120 mil exemplares eram vendidos por ano; 20 anos depois, apenas 8.500.

A Wikipedia ajudou a acelerar o declínio da "Britânica", oferecendo não só mais conteúdo mas constantes atualizações.

"Não se trata de nos defendermos da Wikipedia, mas precisamos diversificar e digitalizar", afirma Cauz.

Enquanto a enciclopédia colaborativa tem 3,7 milhões de artigos, a última "Britânica" contava com 100 mil.

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