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Vaivém MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Abate de fêmeas derruba mais o preço do boi O preço do boi está em queda, o que é normal neste período do ano devido à safra e à maior oferta de animais. Os frigoríficos acreditam que a queda possa ser uma tendência a partir de agora, devido ao maior abate de vacas. Com isso, os custos dos animais, em alta nos dois últimos anos, recuariam para a indústria, que tem mais dificuldade para colocar a carne no mercado externo. Os pecuaristas confirmam o envio de um número maior de fêmeas para os frigoríficos. Em janeiro, dos 664 mil animais abatidos em Mato Grosso, 51% eram vacas. Luciano Vacari, da Acrimat (associação dos criadores), atribui o aumento do abates de fêmeas a dois fatores: problemas com pastagens e queda de preço devido à concentração de compras. Na avaliação de Vacari, esse maior abate de fêmeas empurra para a frente o problema da pecuária, que não tem um bom estoque de gado. Foi o que ocorreu em 2006 e em 2007, quando a queda de preços do boi, devido à ocorrência da febre aftosa em 2005, forçou o aumento no abate de fêmeas. A demanda interna por carne bovina não está ruim e sustentaria os preços internos do boi não fosse o abate de fêmeas, diz Vacari. Para o representante da Acrimat, o mercado vai ficar bastante dependente da demanda. Se internamente ela não está tão ruim, externamente não foi resolvido o problema das restrições russas, há instabilidade no Oriente Médio e a crise financeira nos países ricos inibe as vendas. A arroba de boi está próximo de R$ 94 em São Paulo e R$ 83 em Mato Grosso. Exportação de carne suína tem melhor desempenho O volume de carnes suína e de frango exportado cresce neste mês, mas o de carne bovina recua. As vendas externas de carne bovina congelada, fresca ou refrigerada, caíram para 3.242 toneladas por dia útil até 11 deste mês, 14% menos ante março de 2011. Nesse mesmo período, as vendas de frango atingiram média de 16 mil toneladas por dia útil, com alta de 7%. Já as exportações de carne suína acumularam 2.140 toneladas por dia útil, 20% mais. A boa notícia é que as exportações de carne de frango para a China são crescentes e as para Kong Kong também mantêm ritmo forte. No caso da carne bovina, o Chile voltou com força ao mercado brasileiro e está entre os primeiros em volume e receitas. Esses números não incluem exportações de carnes salgadas, que subiram 16% no período, e as de miudezas, que aumentaram 8%. Futebol... O mercado da Indonésia poderá ser aberto em breve para o frango brasileiro, informou o ministro do Comércio e Indústria do país asiático em encontro com Francisco Turra, presidente da Ubabef (associação do setor exportador). ...e pesquisa Gita Wirjawar tem duas grandes referências do Brasil, das quais é fã: Pelé e a Embrapa. Convidou representantes da Ubabef para visitar o pais em julho, estendendo o convite aos pesquisadores da Embrapa. Em alta As distribuidoras de insumos agropecuários movimentaram R$ 7 bilhões em 2011. O valor deverá ser superado neste ano, devido ao crescimento da produção de grãos e ao aumento da criação animal. Tecnologia Marco Antonio Nassar, presidente da Andav (Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários), diz que, "para o Brasil produzir mais e melhor, deve usar mais tecnologia". Efeito dólar A desvalorização do real deu fôlego aos preços internos da soja. A saca já chega a ser negociada a R$ 50 em regiões de São Paulo e a R$ 48 em regiões produtoras do Paraná. Acima Enquanto os preços da oleaginosa tiveram aumento de 1,4% nos últimos sete dias na Bolsa de negociações de Chicago, a alta acumulada no Brasil é de 12%, conforme pesquisa diária da Folha. DE OLHO NO PREÇO COTAÇÕES Chicago Trigo (US$ por bushel) 6,52 Milho (US$ por bushel) 6,74 Mercado interno Feijão (R$ por saca) 161,33 Arroz (R$ por saca) 25,63 Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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