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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Centro-sul moerá 518 mi de toneladas de cana

A região centro-sul vai moer 518,3 milhões de toneladas de cana na safra 2012/13, volume que, se confirmado, superará em 5% o da safra que está terminando.

Os dados são da consultoria Datagro, que prevê o início da próxima safra a partir do dia 15 de abril. Apesar da recuperação, o setor não retorna ao patamar da safra 2010/11, quando foram moídos 557 milhões de toneladas.

A oferta de cana será baixa porque o setor enfrenta as consequências da seca e das geadas de 2011, o que afetou a renovação dos canaviais.

A Datagro estima que, no país, 51,1% da cana a ser moída será destinada à produção de álcool, ante 51,7% na anterior. Já nas regiões Norte e Nordeste, onde a moagem de cana somará 68 milhões de toneladas nesta safra, apenas 42% irão para o álcool.

Diante desses números, Plinio Nastari, presidente da Datagro, prevê produção de 33,9 milhões de toneladas de açúcar no centro-sul e de 4,9 milhões no Norte-Nordeste. A produção de álcool fica em 24 bilhões de litros (21,8 bilhões deles no centro-sul).

As importações de etanol, que somam 1,6 bilhão de litros nesta safra, recuam para 470 milhões na que está para ser iniciada. As exportações ficam em 1,8 bilhão.

A Datagro estima que no fim da safra 2012/13 os estoques de álcool serão de 1,4 bilhão de litros.

RATING

Esse cenário de altos e baixos no setor sucroenergético torna cada vez mais importante as avaliações de empresas do setor. Manoel Bertone, nomeado presidente da Benri, empresa formada pela Datagro e pela Fermentec para fazer "rating" das atividades agrícolas e industrias nesse setor, diz que essas classificações servem não só para os investidores, mas também para gestores e governo.

Nastari prevê que de 70% a 80% das indústrias desse setor no mundo deverão estar classificadas nos próximos anos.

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Fim Após 21 anos de associação, as famílias Carvalhaes (tradicional no setor de café no Brasil) e Illy (torrefadora italiana) terminaram a parceria na compra de café no país.

No vermelho O preço do trigo no Paraná, principal Estado produtor do cereal do país, está com queda média real (descontada a inflação) de 10% neste mês em relação a março do ano passado.

Os menores Apesar da entressafra, o trigo registra os menores preços da série de acompanhamento de mercado do Cepea. A queda ocorre devido à maior oferta internacional do cereal.

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PRATA
+1,70%
Ontem, em Nova York

ESTANHO
-1,55%
Ontem, em Londres

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Indústria do café pode ter alívio no ano

O ano passado foi um período difícil para a indústria do café. Crises econômicas em regiões de alto consumo, como a Europa, e custo elevado da matéria-prima forçaram as empresas a elevar os preços. A consequência foi uma queda no consumo pela perda de renda da população e pela alta nos preços.

O problema é que, neste ano, o cenário pode não mudar muito pelo lado do consumo, principalmente na Europa. Já do lado dos preços da matéria-prima, os custos devem diminuir, e as empresas podem repor margem.

A avaliação é de Andrea Illy, presidente da illycafè, que tem boa parte de seu mercado na Itália, um dos países afetados pela crise atual.

Apesar desse cenário ruim lá fora, as vendas da empresa cresceram 45% no Brasil no ano passado. Na Ásia, o aumento foi de 35%.

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Com KARLA DOMINGUES

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