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Análise

Empresa estava deixando fortuna debaixo do colchão

PAULA LEITE
EDITORA-ASSISTENTE DE “MERCADO”

O investidor em ações ganha dinheiro principalmente de duas maneiras: com a valorização da ação e com o recebimento de dividendos, os lucros da empresa distribuídos a quem tem papéis.

Nos Estados Unidos, a tradição é que empresas grandes e bem estabelecidas em seus setores paguem dividendos, enquanto as empresas menores e em expansão usem os lucros para investimentos.

Dessa forma, a empresa pode fazer investimentos em novas áreas sem precisar pegar tanto dinheiro emprestado no mercado.

A Apple, com lucros em alta há vários anos, foi acumulando dinheiro em caixa sem dar destino a essa fortuna.

Como a empresa não é muito diversificada e não tem o hábito de investir em dezenas de mercados e produtos novos para ver o que dá certo -quando a Apple entra em uma nova área, costuma ser de forma planejada e deliberada-, o dinheiro foi ficando lá, parado, rendendo pouquíssimo.

É claro que os acionistas não gostavam nada da situação. A situação em que a Apple estava se compara a uma pessoa que deixa milhões sob o colchão, em vez de investir no banco ou em um negócio.

Isso explica o anúncio da Apple hoje. A proposta da empresa, no entanto, não resolve totalmente a situação. Tudo indica que a empresa continuará fazendo dinheiro mais rápido do que consegue gastá-lo.

No Brasil é diferente: as empresas de capital aberto têm que obrigatoriamente destinar parte de seu lucro aos acionistas na forma de dividendos ou juros sobre capital próprio.

Além disso, são obrigadas a mostrar, na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), qual será o destino dos lucros acumulados -parte do dinheiro pode ficar em reservas, mas isso tem que ficar claro para o acionista.

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