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Commodities

Acidente em obra provoca prejuízo de R$ 74 mi à Vale

Ponte metálica em construção na ferrovia de Carajás caiu na última sexta-feira, a 220 km de São Luís (MA)

Com a paralisação, a empresa deixou de transportar 300 mil toneladas de minério de ferro no período

PEDRO SOARES
SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO

A Vale registrou prejuízo de US$ 41 milhões (R$ 74 milhões) com o acidente que paralisou a ferrovia de Carajás desde a última sexta-feira, interrompendo o escoamento de quase um terço de sua produção de minério de ferro.

A previsão da mineradora é retomar a operação da ferrovia hoje.

Com a queda de uma ponte metálica em construção na ferrovia, em Vitória do Mearim (a 220 km de São Luís, MA), a empresa deixou de transportar e exportar 300 mil toneladas de minério.

O volume corresponde a menos de meio dia de produção da mineradora, que extraiu, em 2011, 312 milhões de toneladas de minério de ferro, seu principal produto.

Somente em Carajás, maior mina da empresa, no Pará, a Vale produziu 109 milhões de toneladas no ano passado. Toda essa produção é escoada pela ferrovia acidentada.

Em nota, a mineradora informou que a perda com o acidente é "relativamente pequena". Será compensada, segundo a Vale, por aumento das exportações pelos portos de Tubarão (ES), Itaguaí (RJ) e Ilha Guaíba (RJ), que escoam a produção de minério de Minas Gerais.

RISCO AMBIENTAL

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) manifestou preocupação com o combustível de um guindaste que ficou submerso no acidente.

O veículo estava abastecido com 135 litros de óleo diesel, mas não se sabe o volume atual do tanque.

O coordenador de Emergências Ambientais do Ibama no Maranhão, Fabrício de Castro, disse que não há indícios de vazamento e que a Vale já instalou barreiras de contenção na área. Técnicos devem voltar ao local do acidente na quinta. Não houve autuação até agora.

A Vale já enfrentou problemas em ferrovias que motivaram interrupções no transporte de cargas.

Em janeiro, a mineradora decretou "força maior" em seus contratos de suprimento de minério de ferro após a interrupção de ferrovias e alagamento de minas causado por chuvas em Minas.

A medida permitiu à empresa deixar de atender integralmente os contratos, sem punições.

Naquela ocasião, a Vale estimou uma perda maior: 2 milhões de toneladas de minério de ferro, 20% da produção mensal de Minas Gerais.

Em Carajás, a ferrovia já foi paralisada por indígenas, em 2011, que protestavam contra a atuação da companhia.

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