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Análise

Templo nubla, mas mercado ainda está longe de um dilúvio

GITÂNIO FORTES
EDITOR-ADJUNTO DE “MERCADO”

O mercado do minério de ferro nublou com o alerta da BHP Billiton sobre os impactos da possível desaceleração da China na demanda pelo produto, commodity-símbolo da infraestrutura.

Em tempos de Bolsas sensíveis pela crise europeia e pela retomada acidentada dos EUA, a simples ideia de uma freada abrupta da economia chinesa espalha insegurança. A sino-dependência global fala mais alto.

Nuvem carregada, porém, não significa necessariamente um dilúvio bíblico adiante. Na mesma conferência australiana em que a BHP fez sua advertência, a rival Rio Tinto apresentou um cenário favorável a longo prazo.

Levantamento da mineradora indica que, ao alcançarem o pico da produção industrial, os países ainda mantêm a demanda por aço firme por décadas. A China teria somente começado a trilhar esse caminho.

Para quem tem muito minério de ferro para vender -como o Brasil-, vai ser necessário deixar o conforto de trabalhar com um grande comprador para, agora, pulverizar negócios. O momento é de olhar para a Índia e outros emergentes.

O minério de ferro pode repetir movimento que ocorreu com outras commodities. É uma boa bater um papo com exportadores de carne. Volumes expressivos migraram do hemisfério Norte para o Oriente. Tiveram de se mexer.

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