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Rio+20 Conferência deve apresentar alternativa ao PIB Coordenador do encontro, embaixador francês diz que novo indicador sai em três anos CLAUDIO ANGELOENVIADO ESPECIAL A MANAUS O secretário-executivo da Rio+20, o embaixador francês Brice Lalonde, afirmou ontem que a conferência deve produzir um mandado para que a ONU apresente, em um prazo de três anos, um indicador alternativo ao PIB, criticado por não contabilizar os impactos ambientais da produção de riqueza. A reforma da medida da riqueza das nações tem sido uma das principais pautas da conferência mundial para o desenvolvimento sustentável, que será realizada em junho no Rio de Janeiro. Falando ontem a jornalistas durante o Fórum Mundial de Sustentabilidade, em Manaus, Lalonde disse duvidar que do Rio já possa sair o novo indicador. "Não tenho certeza de que conseguiremos criar em três meses, porque já houve muita discussão em 30 anos", afirmou ele, que é responsável por toda a parte logística da conferência. O secretário-executivo também mandou um recado aos líderes dos países que se preparam para vir à cúpula: "Não venham ao Rio se vocês não tiverem compromissos". Ele disse esperar que a conferência produza um "compêndio de compromissos", entre os quais objetivos de desenvolvimento sustentável nas áreas de água, energia, comida, oceanos e "solidariedade social" (algo como a disseminação de programas de transferência de renda como o Bolsa Família). "Espero que a declaração final da conferência seja seguida de um anexo, que contenha um plano de ação", disse Lalonde. A exemplo do que ex-premiê norueguesa Gro Brundtland afirmou anteontem à Folha, Lalonde disse crer que as ações na área de eficiência energética, capazes de ajudar a reduzir emissões, possam ser um dos resultados mais promissores da conferência. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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