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Modalidade no Brasil tem regras rígidas

DE SÃO PAULO

A modalidade de crédito que aceita imóveis como garantia tem regras, que, segundo especialistas, trazem segurança ao sistema.

A maior parte das concessões é feita por meio da alienação fiduciária, na qual a propriedade passa para o banco durante o financiamento.

"É um mecanismo ágil, que facilita a cobrança", afirma o economista José Pereira Gonçalves.

O modelo lembra as hipotecas americanas, que também aceitam casas e apartamentos de caução, e estiveram no centro da crise de 2008.

Diferentemente da alienação fiduciária, nesse caso o tomador do empréstimo segue com a posse do bem, o que faz com que a execução demore mais.

"Além disso, o que gerou a crise lá não foram problemas com o refinanciamento [de imóveis], mas sim com aquisição", diz Fernando Baumeier, superintendente-executivo de crédito imobiliário do Santander, referindo-se a hipotecas que tinham como garantia bens que estavam sendo comprados.

Outro problema era a avaliação dos clientes. "Americanos que não tinham condições de receber o crédito tiveram acesso a ele. Faltou supervisão", diz Baumeier. "Aqui o Banco Central é atuante", completa.

Em relação ao limite para os empréstimos também há diferenças. Nos Estados Unidos, o crédito chegava a superar o valor do imóvel, enquanto no Brasil varia de 50% a 70%.

Além disso, para assegurar que o bem não seja usado como garantia mais de uma vez, o negócio fica documentado na certidão do imóvel.

(MS e TR)

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