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Jornais britânicos estudam modelo do 'NYT'

'Guardian' e 'Times' de Londres buscam alternativa para repor perda de publicidade

NELSON DE SÁ
ARTICULISTA DA FOLHA

O editor do britânico "The Guardian", Alan Rusbridger, afirmou durante evento para leitores em Londres que a opção de erguer um "paywall", muro de pagamento para o acesso digital, "não está descartada". O "Guardian" realiza a principal experiência de "jornalismo aberto" hoje, buscando alternativas de monetização do acesso gratuito.

Também no evento, o presidente do grupo, Andrew Miller, destacou o êxito de audiência do aplicativo de Facebook do jornal, baixado por 8 milhões de leitores em seis meses. Mas acrescentou que "só faturou poucas centenas de libras", longe de repor os £ 40 milhões anuais perdidos em publicidade.

Em outro evento sobre mídia em Londres, Tom Whitwell, diretor digital do britânico "Times", que introduziu um "paywall" rígido há dois anos, afirmou que vem acompanhando o modelo adotado pelo "New York Times" há um ano, mais flexível. "Se acreditarmos que funciona melhor, vamos adotar", disse, indicando que busca formas de acesso gratuito para redes sociais, inovação do "NYT".

O "Wall Street Journal", do mesmo grupo do "Times" londrino, contratou a editora de mídia social do "NYT" para buscar nova estratégia para Twitter e Facebook.

O "NYT", além do acesso livre via redes sociais, permite a leitura direta até o limite de dez páginas por mês, no modelo chamado de "poroso". Seu êxito em assinaturas digitais, somando 454 mil em menos de um ano, abriu uma corrida ao "paywall poroso" na imprensa americana.

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