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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Exportação de cachaça para EUA cresce 91%

Os Estados Unidos anunciaram que vão reconhecer a cachaça como produto genuinamente brasileiro, em um período de forte retomada da demanda da bebida no mercado norte-americano.

As exportações brasileiras somaram 180 mil litros nos três primeiros meses deste ano, 91% mais do que em igual período anterior. As receitas subiram para US$ 584 mil, segundo o Ministério do Desenvolvimento.

"A importância do reconhecimento é grande para as exportações", diz Ricardo Gonçalves, diretor-superintendente da Companhia Müller de Bebidas, fabricante da cachaça 51. É a base para o reconhecimento em outros mercados, segundo ele.

Gonçalves diz que, após a grande retração do mercado internacional em 2009, devido à crise financeira mundial, as exportações de cachaça começam a se recuperar em alguns países como Estados Unidos e Alemanha. Ainda existem, no entanto, mercados importantes que não retomaram as compras. É o caso de Portugal, Espanha e Itália. Este último deverá reagir antes, segundo Gonçalves.

A América Latina foi uma das saídas para o Brasil nesse período de crise nos países desenvolvidos. O país conseguiu elevar as vendas para os países da região. Um dos destaques foi o Paraguai, que aumentou as compras para 199,5 mil litros nos três primeiros meses deste ano, 48% mais do que de janeiro a março do ano passado.

O mercado dos EUA já foi maior do que o atual para a cachaça. Em 2009, os EUA importaram 383 mil litros no primeiro trimestre, volume que caiu para menos de um terço nos dois anos seguintes. Esse cenário se repetiu também com outros países, como a Alemanha. Os preços, após queda na crise mundial, ainda não se recuperaram.

Perdas O preço do café caiu de forma consistente no mercado físico brasileiro em março, segundo a consultoria Safras & Mercado. O mercado interno seguiu as perdas acumuladas em Nova York.

No exterior O segundo contrato negociado em Nova York recuou 10,5% no mês. Já o café arábica bebida dura, tipo 6, do Sul de Minas Gerais, terminou março cotado a R$ 391,64 a saca no mercado interno, com queda média de 11,8%.

Por que cai A proximidade da safra nova e o crescente interesse do produtor em negociar café de safra anterior contribuíram para essa queda, segundo Gil Barabach, da Safras.

Inflação As commodities agropecuárias voltaram a ter peso nos preços médios no atacado. O item registrou evolução de 1,22% no IGP-DI de março. Nos últimos 12 meses, no entanto, ainda apresentam queda: 0,14%.

Pressões Dois produtos se destacaram no mês. A laranja teve alta de 22%, enquanto a soja ficou 11% mais cara. Já o café registrou queda de 10%, aponta a FGV.

Desaceleração As exportações de commodities tiveram forte queda na primeira semana deste mês. Minério de ferro, petróleo e soja, principais itens da balança, tiveram recuo nas receitas.

DE OLHO NO PREÇO COTAÇÕES

Nova York

Açúcar

(cent. de US$)* 24,43

Suco de laranja

(cent. de US$)* 152,80

Mercado interno

Açúcar

(R$ por saca) 26,00

Soja

(R$ por saca) 51,65

*por libra-peso

Com ANGELA COBOS

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