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Cliente procura BB e Caixa e ameaça trocar de banco

Após corte de juros, consumidores estudam refinanciar dívidas com empréstimos nas instituições públicas

Clientes de bancos privados vão a agências buscar informações; gerentes dizem que movimento aumentou

CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

Em busca de juros menores para pagar dívidas, clientes de bancos do setor privado ameaçam abrir conta nas instituições que reduziram suas taxas na semana passada: Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

A constatação foi feita em agências dos bancos públicos da região central de São Paulo e da avenida Paulista.

A reportagem encontrou clientes de três bancos -Santander, Itaú e Bradesco- procurando informações sobre os juros oferecidos, principalmente no cheque especial, no cartão de crédito e no financiamento de veículo.

Correntista do Santander há 20 anos, o analista Juscelino Sampaio de Sena, 54, já estudava ontem as taxas oferecidas pela Caixa. "A redução de juros também me dá chance para negociar com meu gerente e conseguir empréstimo a taxas melhores."

A funcionária pública Sônia Regina, 56, é cliente do Banco do Brasil e ontem acompanhava uma amiga na Caixa na praça da Sé para obter informações. "É interesse do banco manter seus clientes, não?", questionou.

O técnico de celular Messias Paulino Uchoa, 22, também foi à Caixa e se informou sobre um empréstimo de R$ 12 mil para a mãe, comerciante da região da 25 de Março.

"Ela é correntista do Itaú, mas, se a taxa para pessoa jurídica realmente for essa anunciada, de 0,94%, está disposta a trocar de banco."

Até mesmo os próprios clientes da Caixa e do BB buscavam informações sobre as novas taxas de financiamento nas duas instituições.

"Comprei imóvel com financiamento do BB e pago há seis anos. Mas agora quero juros melhores", diz o auxiliar administrativo da Unesp Luiz Carlos Barreiros, 54.

Gerentes do BB e da Caixa informaram que a procura por informações tem movimentado a rotina dos funcionários desde segunda-feira. Micro e pequenos empresários também estão indo às agências atraídos pelas taxas de juros oferecidas nos empréstimos de capital de giro.

DEMAIS REGIÕES

Em Campinas (SP), na fila de espera de uma agência da Caixa, ao menos três casais pediam informações sobre as condições de juros.

Nas agências do BB no Rio, as informações eram desencontradas. Apesar de as novas taxas começarem oficialmente hoje, na agência Graça Aranha (centro) era possível obter crédito mais barato.

No Recife (PE), a Folha pediu informações sobre financiamento de veículos e foi informada de que a nova taxa para compra ficará entre 0,99% e 1,88% ao mês.

Colaboraram a Sucursal do Rio e a Agência Folha, no Recife e em Campinas

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