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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Produtores trocam feijão por milho, e preços aumentam 115% em 12 meses

A saca de feijão do tipo carioquinha já atinge R$ 250 no mercado brasileiro, uma alta de 115% em relação aos valores praticados há um ano.

Essa alta de preço se deve à escassez de produto, provocada não só por problemas climáticos, mas também por uma opção dos produtores pelo plantio de milho.

As lavouras têm sido afetadas por seca e doenças, reduzindo em muito a oferta da leguminosa no mercado, segundo Vlamir Brandalizze, da Consulting Brandalizze, de Curitiba (PR).

Já a troca de plantio do feijão por milho ocorre porque os preços do cereal estão com uma boa margem de rentabilidade, segundo Brandalizze.

Essa substituição do feijão pelo milho safrinha ocorreu em vários Estados, mas principalmente no Paraná, importante nas duas culturas.

A safra paulista, cujo plantio deve ser antecipado de junho para maio, poderá melhorar a oferta de feijão em setembro, mas o problema são os riscos da lavoura.

Por ser um período sujeito a frio intenso -que reduz a produtividade- e a geadas, o rendimento das lavouras é considerado de alto risco, diz Brandalizze.

As importações também são restritas. Está chegando ao mercado feijão chinês do tipo preto, mas essas compras estão sujeitas à variação do dólar, com tendência de alta. A importação deixou o feijão-preto com preços estabilizados entre R$ 95 a R$ 115 no mercado interno.

A redução na oferta de feijão ocorre em um momento de alta nas exportações de carnes suína e de frango, as que têm preços mais acessíveis aos consumidores. Essa alta poder reforçar os preços do feijão, segundo o analista.

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Leite As importações estão menores neste mês. Os gastos do país foram de US$ 1,9 milhão por dia útil, 27% abaixo dos de março e 10% inferiores aos de abril de 2011. As informações são da Secex.

Queda 1 As commodities agrícolas voltaram a cair ontem nas principais Bolsas de negociações. Em Nova York, as informações de uma disposição maior de açúcar no Brasil, principal produtor mundial, fizeram os preços recuar para os menores níveis em dez meses.

Queda 2 O algodão, que teve o maior recuo na Bolsa, caiu 4% no dia, para US$ 0,88 por libra-peso. Demanda internacional menor e queda nas exportações dos Estados Unidos derrubaram os preços.

Reação Os produtos agropecuários voltaram a aumentar a participação na inflação. Os preços no atacado do IGP-10 deste mês tiveram alta de 1,23%, acima do 0,56% de março. Os dados são da Fundação Getulio Vargas.

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Embarque de soja recua na primeira quinzena

As exportações de soja perderam ritmo nas duas primeiras semanas deste mês. As receitas médias, por dia útil, recuaram para US$ 92 milhões na primeira quinzena deste mês, após terem atingido US$ 122 milhões em março, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento.

O recuo ocorre porque o ritmo das exportações estava muito acelerado no primeiro trimestre. As vendas da oleaginosas somaram 6,8 milhões de toneladas no período.

Em pleno período de safra, os produtores brasileiros têm obtido bons preços pela soja. O primeiro contrato negociado em Chicago, apesar da queda de ontem, ainda remunera em 7% mais do que há um ano.

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Com KARLA DOMINGUES

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