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Governo começa a destravar cadastro de bons pagadores

Iniciativa da Fazenda ocorre após bancos privados baixarem taxas de juros

BB anuncia novo corte para empresas e pessoas físicas; Caixa vai abrir mais cedo na próxima semana

SHEILA D’AMORIM
EM SÃO PAULO

Após os principais bancos privados cederem à pressão do governo para reduzir o custo dos empréstimos no país, a equipe econômica deverá destravar a implementação do cadastro positivo, uma central com informações sobre bons pagadores.

Está pronta uma regulamentação para tentar fazer com que o cadastro funcione. A expectativa é que a medida, que consta da lista de propostas apresentada pelos bancos, seja divulgada nos próximos dias, após um análise da área jurídica do Ministério da Fazenda e o aval do ministro Guido Mantega.

Os bancos querem maior rigor na criação das centrais que vão administrar os dados dos consumidores. Isso porque todos os envolvidos respondem de forma solidária pelas informações. As instituições temem ser responsabilizadas em caso de uso indevido dos dados.

Para resolver essa questão, uma proposta é estabelecer a necessidade de certificação dos bancos de dados.

Na Fazenda, há o receio de limitar demais e acabar fazendo com que haja um monopólio nessa área quando a ideia inicial era justamente estimular a criação de várias centrais concorrentes.

Em Washington para reunião do FMI, Mantega afirmou que "saúda" a mudança na política de juros.

"Nós estamos no bom caminho. Há uma reação muito positiva do setor financeiro a essa demanda que foi feita pela redução dos 'spreads' e pelo aumento no crédito."

NOVAS REDUÇÕES

Enquanto isso, o governo segue na ofensiva pela queda dos juros. Ontem, o Banco do Brasil anunciou novo corte nas suas taxas para empresas e pessoas físicas.

Segundo o vice-presidente de Negócios de Varejo, Alexandre Abreu, parte de decisão foi por causa da redução na taxa Selic promovida pelo Banco Central, na véspera.

No entanto, em algumas linhas que já tinham sido reduzidas no início do mês, houve novo ajuste em razão do aumento na procura.

"Quando reduzimos o juros, estimávamos um aumento nas concessões diárias para pessoas físicas em torno de 20% e a procura aumentou 45%", afirmou.

A Caixa Econômica Federal vai ampliar em uma hora o horário de atendimento das agências, a partir da semana que vem até o dia 11 de maio. Isso para atender pedidos por crédito com juros mais baixos e prestar explicações aos consumidores.

Colaborou VERENA FORNETTI, enviada especial a Washington

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