Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Usinas são aposta para industrializar minério no Estado

DO ENVIADO A PARAGOMINAS (PA)

Grande fornecedor mundial de matéria-prima, o Estado do Pará acredita que as grandes hidrelétricas, como as usinas de Belo Monte e do Complexo Tapajós, podem gerar energia suficiente para sustentar a indústria de transformação do minério.

"O Estado ainda é um mero exportador de matéria-prima e isso internaliza pouca riqueza", diz David Leal, secretário de mineração.

O Pará quer minério de ferro virando aço, bauxita convertendo-se em alumínio, e concentrado de cobre, em cabo de energia.

Em Barcarena, a 80 quilômetro de Belém, um grande complexo industrial já processa minérios, como a bauxita, na Alunorte, ou o caulim, na Imirys Rio Capim.

A Vale tem o projeto da Alpa, uma siderúrgica em Marabá. Parte do minério de ferro que será processado nessa siderúrgica deve sair da Serra Sul, a nova mega mina da Vale em Carajás.

Leal narra uma conversa recente com executivos canadenses que vão retomar a produção de ouro em Serra Pelada. O subproduto da exploração é um concentrado um bocado valioso. Contém paládio e platina e será exportado e processado fora do país.

"Questionei o executivo sobre por que isso não é processado aqui. Se for problema de incentivo, o Pará dá."

Não é por acaso essa oferta. A mineração ainda é uma atividade que melhora a vida de quem está ao lado do projeto, não da população.

O Pará aprovou uma lei que exige o cadastro das mineradoras, além do pagamento de uma taxa. Serão R$ 800 milhões por ano, quase o dobro dos royalties. O dinheiro, diz o governo, vai ajudar o Estado a montar uma política definitiva. (AB)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.