JPMorgan perde US$ 2 bilhões por 'erros horríveis'

O JPMorgan Chase anunciou inesperado prejuízo de US$ 2 bilhões em transações com derivativos de crédito, atribuído pelo presidente-executivo Jamie Dimon a "erros, descuidos e más decisões". Ele disse que "as coisas podem piorar".

A revelação, feita após o fechamento dos mercados na quinta-feira em documentos encaminhados às autoridades regulatórias, levou a uma retomada dos apelos por regulamentação mais severa. A SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, iniciou investigação sobre o caso.

O JPMorgan informou que as perdas vieram da divisão central de investimentos do banco, em operações envolvendo fundos de hedge.

O senador democrata Carl Levin afirmou que o "enorme prejuízo" era "apenas a mais recente prova de que aquilo que os bancos definem como 'hedge' [proteção] na verdade muitas vezes constitui uma aposta de alto risco". Levin apelou por "padrões duros e efetivos".

"O problema vai confirmar o que vêm pedindo muitos sabichões por aí", disse Dimon em entrevista organizada às pressas. Em sua declaração inicial, ele assumiu a responsabilidade e pediu desculpas:

"Cometemos erros horríveis, por nossa culpa, e a responsabilidade é nossa; violamos nossos padrões e princípios quanto à maneira de operar da companhia".

Para Mike Mayo, da CLSA, o caso do JPMorgan tem a ver com uma "questão de controle". Segundo o analista, outros problemas podem surgir.